As equipes federais que atuam nas operações de segurança na Terra Indígena Yanomami (TIY) em Roraima, enviadas ao local por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentaram novos resultados de suas ações durante a semana de 8 a 14 de setembro. Dez garimpeiros, alegando falta de alimentos e risco de vida, se renderam e se entregaram voluntariamente à base de segurança na região de Kayanaú e Palimiú. Eles foram presos e levados à delegacia em Boa Vista, Roraima. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Ministério da Casa Civil.
As operações na TIY, que têm como objetivo interromper a logística dos garimpeiros ilegais, têm dificultado o acesso de insumos e materiais a acampamentos criminosos na área. De acordo com o depoimento dos garimpeiros, a falta de suprimentos e o perigo crescente nas regiões de conflito os motivaram a se render. Além disso, o governo Lula anunciou que intensificará suas ações nos próximos dias com a destruição de pistas de pouso clandestinas identificadas dentro da reserva.
Durante essa última semana de operações, as forças de segurança destruíram 14 acampamentos ilegais, oito antenas de comunicação via satélite (incluindo antenas da Starlink, do bilionário Elon Musk), 38 motores, 12 geradores e uma arma de fogo artesanal. Além disso, 1.350 litros de diesel foram inutilizados, e foram apreendidas sete armas, três munições e uma antena Starlink usada para facilitar as comunicações dos garimpeiros.
Desde o início de 2024, o governo Lula já realizou 1.773 ações de combate ao garimpo e ao suporte logístico dentro da Terra Indígena Yanomami. Essas operações continuam sob a coordenação da Casa de Governo, responsável pela supervisão e gestão das atividades de segurança na região.