AMAZÔNIA

Marina Silva defende união entre países da Amazônia por desenvolvimento sustentável

A ministra esteve no Diálogos Amazônicos, evento que antecede a Cúpula da Amazônia, onde reforçou a importância da cooperação entre países da região para proteger a floresta

Marina Silva discursa na abertura do Diálogos Amazônicos.Créditos: Agência Brasil
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Na abertura do Diálogos Amazônicos, evento que antecede a Cúpula da Amazônia, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que o objetivo do evento é estabelecer “um mandato" coletivo entre os países da região em busca de desenvolvimento sustentável

Ambos os eventos acontecem em Belém, no Pará. O Diálogos Amazônicos teve início na última sexta-feira (4) e se encerra no domingo (6). Tem como objetivo a produção de propostas da sociedade civil a serem apresentadas aos presidentes dos países amazônicos participantes da Cúpula da Amazônia, que começa em 8 de agosto.

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Marina reforçou a importância do evento em meio ao cenário ambiental atual. “É uma expectativa muito grande de que, em plena mudança climática, de destruição avançada da nossa floresta, de todas as formas de criminalidade, do garimpo ilegal, a gente possa sair daqui com uma declaração que vai nos trazer esperança”.

Outros representantes oficiais também destacaram pontos importantes do debate ambiental na abertura do Diálogos Amazônicos. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e responsável pela organização do evento, Márcio Macêdo, defendeu que “a participação social é o centro da criação de um projeto coletivo” e informou que o  encontro produzirá relatórios a serem apresentados aos presidentes da Cúpula.

O governador do Pará, Helder Barbalho, disse que os Diálogos e a Cúpula são “o pontapé inicial para que, em 2025, Belém seja a capital do mundo nas discussões das mudanças climáticas do planeta”. Em novembro de 2025 está programada a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, a ser realizada na capital paraense.  

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, afirmou que não é mais aceitável que o mundo fale da Amazônia sem a participação da população da região.

“Não somos uma região sem gente. São 30 milhões de seres humanos de centenas de etnias, com muitas vozes que se expressam em línguas diferentes, mais de 300 línguas. Os amazônidas amam a humanidade, querem um projeto para toda a humanidade, têm consciência de que a Amazônia é fundamental para isso, mas não aceitamos que a voz dos amazônidas não seja considerada quando se trata de pensar o futuro em nome da Amazônia”, afirmou.