O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), aponta em estudo que os incêndios no Pantanal queimaram 30% de seu território em 2020.
Naquele ano, os incêndios tiveram alta intensidade, com registro de 8895 focos de queimadas no bioma, no período de 1º de janeiro a 28 de agosto, sendo o maior número desde 1998. Na época, Jair Bolsonaro estava na presidência da República e desdenhou da situação, dizendo “não ter como combater o desmatamento no Pantanal”.
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“Como é que vai combater o fogo num lugar desses? Não tem vias de acesso. O próprio nome diz, Pantanal”, disse o ex-presidente na época, através de uma transmissão do Facebook.
A organização não-governamental Greenpeace chegou a “desmascarar” a campanha publicitária da equipe do antigo governo, utilizada para “vender um Brasil que não existia”. Além disso, a ONG criou um abaixo assinado para que as destruições ambientais cessassem diante da anuência do governo Bolsonaro.
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O Pantanal não foi o único a sofrer. De acordo com o relatório “Nunca Mais Outra Vez”, do Observatório do Clima, uma rede de entidades ambientalistas brasileiras, o governo de Jair Bolsonaro apresentou a maior taxa de desmatamento da Floresta Amazônica durante todo o mandato, além do crescimento em 125% de atividades de garimpo ilegais e da maior alta de emissão de gases estufa em 19 anos no Brasil.
Novo cenário
A quantidade de queimadas no Pantanal caiu 95,5% sob o governo Lula. Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 394 focos de fogo no bioma, enquanto no mesmo período em 2020 foram 8.895 focos de queimada. Trata-se de um resultado de novas medidas ambientais para retardar o processo de destruição dos biomas brasileiros adotadas pela atual administração federal.
No Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano, Lula assinou um decreto de proteção aos biomas, que consiste em oito atos, a fim de proporcionar sustentabilidade ao país.
Dentre eles, o Plano de Segurança e Soberania da Amazônia irá combater grilagem de terras públicas; o Plano de Segurança, por sua vez, é responsável pela implantação da Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública, a qual fortalece os órgãos de segurança pública presentes na Amazônia. A criação de parques e reservas, com o intuito de proteger a região, também é uma das medidas que fizeram parte do decreto.