FLORESTAS

Astro de Hollywood ignora queda histórica no desmatamento da Amazônia ao cobrar “mais ousadia” de Lula

Com Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente, floresta brasileira registrou queda histórica de desmatamento

Astro de Hollywood ignora queda histórica no desmatamento da Amazônia ao cobrar “mais ousadia” de Lula.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

O ator Mark Ruffalo, famoso por interpretar o personagem Hulk na franquia "Vingadores", recorreu às redes sociais nesta quinta-feira (10) para expressar seu elogio ao presidente Lula (PT) e às medidas de seu governo para a preservação da Amazônia.

Contudo, o ator também fez críticas à Declaração de Belém, o documento elaborado após a conclusão da Cúpula da Amazônia. Segundo Ruffalo, Lula pode se tornar um "Mandela" (em referência ao líder político Nelson Mandela) caso ouse ainda mais nas políticas de proteção à Floresta Amazônica.

"Você é um dos meus heróis, Lula. No entanto, me entristece constatar que a Declaração de Belém carece de metas concretas para resguardar nossa floresta tropical. A crise na Amazônia é uma urgência climática e não podemos permitir atrasos", declarou Mark Ruffalo.

 A seguir, Ruffalo elogiou a liderança do presidente Lula nas questões indígenas, mas voltou a chamar atenção para a iminência do colapso na Amazônia.

"Felizmente, sob sua liderança, esta cúpula FINALMENTE estabeleceu proteções fundamentais para os Povos Indígenas. Agradecemos por dar ouvidos às vozes daqueles que estão na vanguarda da crise climática. Entretanto, isso, por si só, não deterá a destruição da Amazônia", ressaltou.

Mais adiante, Ruffalo comentou a medida adotada por Gustavo Petro, presidente da Colômbia, que estabeleceu como meta a proteção de 80% da floresta e a suspensão da exploração de petróleo na Amazônia. O ator sugeriu que Lula deveria seguir um caminho semelhante.

Para Ruffalo, se o presidente Lula "ousar" e adotar políticas mais robustas de proteção à Amazônia, poderá se tornar o próximo Nelson Mandela.

Desmatamento na Amazônia registra queda histórica sob governo Lula

Dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente revelam que o desmatamento na Amazônia sofreu uma redução histórica de 66% em julho, um mês caracterizado pela seca, que é considerado propício para incêndios florestais. Este é um recorde inédito, jamais antes registrado no Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Além disso, os registros do Ministério, que estão sob a liderança de Marina Silva, também indicam a degradação de uma área de 500 km², em comparação com os 1.487 km² registrados em julho de 2022. Os números são igualmente menores em relação aos anos anteriores: 2021 (1.498 km²), 2020 (1.659 km²), 2019 (2.255 km²) e 2018 (596 km²).

Nos primeiros sete meses de 2023, o desmatamento na Amazônia teve uma queda de 42,5%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. O Amazonas registrou a maior redução, com 62%, indo na contramão do aumento de 158% no período de agosto a dezembro de 2022. Rondônia teve uma redução de 60% nos primeiros sete meses de 2023. O Pará apresentou uma redução de 39% e Mato Grosso, de 7%.

Marina Silva afirmou que os dados são respaldados por evidências científicas. "Temos implementado um sistema de detecção do desmatamento em tempo real, que nos permite intervir no momento em que ocorre a atividade criminosa. Assim, somos capazes de fazer a diferença quando tomamos medidas práticas. Se não tivéssemos adotado políticas públicas consistentes, talvez não alcançássemos os resultados obtidos no passado e agora", afirmou a ministra.

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