O planeta Terra vai atingir o ponto mais distante da sua órbita ao redor do Sol, nomeado como afélio. Neste ano, a previsão é que o afélio ocorrerá dia 6 de julho às 17h06 no horário de Brasília (BRT), segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA.
Na prática, o Sol aparece menor no céu e o planeta recebe menores índices de radiação solar, diferença quase imperceptível. Ao contrário da crença popular, a distância da Terra para o Sol não interfere nas estações do ano. Elas dependem do eixo de inclinação do planeta, que permite mais contato com raios solares para um hemisfério do que para outro.
Mesmo que seja inverno no hemisfério Sul, a distância para o Sol não é a responsável pelo frio. No inverno, a inclinação do planeta resulta em raios solares que são refletidos e recebidos por um período mais curto de tempo. Por isso, o Sol nasce mais tarde e se põe mais cedo no inverno do que no verão. O solstício de inverno marca o início da estação e de dias com menor duração.
O afélio é o momento mais lento do movimento de translação, a anual volta do planeta ao redor do Sol. Isso porque a órbita terrestre tem desenho elíptico devido ao centro de gravidade do Sol, o que altera a velocidade que a Terra circula o astro. Quanto mais longe do Sol, mais lenta é a órbita.
Durante o ano, a distância entre os corpos varia aproximadamente 3%, justamente entre o afélio e o periélio, o ponto mais próximo do Sol. Em 2023, o periélio foi em 4 de janeiro às 13h17. A distância no afélio é de aproximadamente 152,1 milhões de quilômetros, enquanto no periélio, a medida é de quase 147,1 milhões de quilômetros.