O vídeo de uma tartaruga sendo caçada por um tubarão em alto mar na região das Bahamas, em meados de 2020, viralizou nas redes sociais. Durante a fuga, o réptil encontrou um barco com dois pescadores, que a resgataram.
Após a tartaruga subir no barco, os pescadores notaram um pedaço de plástico, que parecia um arame, e retiraram o lixo do corpo do animal, que parecia agoniado e machucado pelo item. Uma das principais causas de morte de tartarugas marinhas é a poluição, seja ela através de resíduos jogados por banhistas no mar ou pelo lixo descartado de forma irresponsável através dos esgotos.
Em seguida, os dois homens devolveram a tartaruga para o mar em segurança, num local distante do tubarão.
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No entanto, aquela tartaruga e tantas outras que são resgatadas e salvas continuam em perigo de vida: o relatório da ONG Oceana, de 2020, divulgou que 70% dos resíduos descartados encontrados em limpezas nas praias brasileiras são de plástico, justamente o material que mais confunde os animais marinhos, pois comumente são confundidos com comida, devido à maneira que ele se comporta na água.
Das necropsias realizadas em 197 mamíferos, 573 aves marinhas e 2.955 tartarugas marinhas das regiões Sul e Sudeste do Brasil, 50% destes animais havia ingerido plástico. A pesquisa também aponta que todas as tartarugas examinadas continham restos de plástico em seu organismo.
Cinco das sete espécies de tartarugas marinhas são encontradas no Brasil e, dentre essas, apenas a tartaruga-verde não está em perigo de extinção, segundo a Agência Brasil.