PRAGA

Que mosca é essa que fez a União declarar emergência fitossanitária em 4 estados

Se atingir a maior parte dos entes federativos brasileiros, inseto pode levar os negócios na área da agricultura a prejuízos colossais e prejudicar economia

Mosca-da-carambola.Créditos: Agência Pará
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Uma mosca está ameaçando a agricultura brasileira, um dos setores econômicos mais importantes do país. Sim, uma mosca. Trata-se da mosca-da-carambola, cujo nome científico é (Bactrocera carambolae), que fez com que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) decretasse emergência fitossanitária no Amapá, Roraima, Pará e Amazonas. A medida durará um ano e tem por finalidade controlar a possibilidade de o inseto se espalhar por outros entes federativos brasileiros, o que será feito por meio de monitoramento, controle de ameaça e contenção.

Identificada pela primeira vez no Brasil em 1996, a mosca-da-carambola é originária de países asiáticos como a Indonésia, Tailândia e Malásia. Como o nome sugere, este inseto prefere se alimentar da carambola, ocasião em que aproveita para depositar seus ovos, o que provoca um amadurecimento mais rápido da fruta, além de condená-la em relação ao consumo humano. A mosca também se instala em goiaba, manga, jambo, acerola e tangerina tornando-as igualmente impróprias para a alimentação dos humanos.

A mosca-da-carambola, que ameaça a agricultura em quatro estados do Norte

Esse processo, aliás, é o maior problema em relação à espécie. Em grandes infestações, a mosca-da-carambola leva a perdas brutais de produção. Um levantamento de técnicos que acompanham a emergência fitossanitária dos estados do Norte mostra que, no caso de se espalhar para a maior parte dos estados brasileiros, a praga poderia gerar prejuízos superiores a R$ 400 milhões por ano.

De acordo com o MAPA, um protocolo contendo procedimentos específicos para lidar com a mosca-da-carambola, que envolve cuidar do transporte de frutas dessas zonas infestadas, averiguar bagagens de passageiros em trânsito e instruir moradores a não colherem e transportarem esses frutos, assim como a instalação de armadilhas com iscas tóxicas, seriam as medidas mais eficazes neste momento para evitar a proliferação do inseto.