MANIFESTAÇÃO

VÍDEO: Ambientalista é preso em MG durante protesto em evento com presença de Zema

Felipe Gomes, candidato a deputado estadual pelo PDT, foi imobilizado, algemado e colocado em um camburão; ele defendia a Serra do Curral

O ambientalista Felipe Gomes foi detido durante protesto.Créditos: Reprodução
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A vereadora de Belo Horizonte, Minas Gerais, e candidata a deputada federal, Duda Salabert (PDT), usou as redes sociais para denunciar, nesta segunda-feira (5), a prisão arbitrária do ambientalista Felipe Gomes, durante evento com a presença do governador Romeu Zema (Novo).

“O ambientalista Felipe Gomes foi preso por defender a Serra do Curral em um evento no qual o Governador Zema estava presente. O governo está criminalizando a luta ambiental em MG. Estou há 6h buscando informações e o Felipe está desaparecido! Exijo respostas da PM e do Zema!”, postou Duda.

Felipe Gomes é candidato a deputado estadual pelo PDT e foi detido ao protestar em defesa da Serra do Curral, durante compromisso de campanha de Zema, que busca a reeleição ao governo de MG.

Felipe estava dentro de uma sapataria, portando um megafone. Durante o evento, ele passou a se manifestar, segundo o G1.

A Polícia Militar (PM) tentou conter o ambientalista e o protesto terminou em confusão. Felipe foi imobilizado, algemado e colocado em um camburão. Ele pedia por socorro e perguntava a razão de estar sendo preso.

“Eu tô sendo preso por manifestar em defesa da Serra do Curral. Salve a Serra do Curral”, gritou ele antes de ser colocado no camburão.

A PM divulgou uma nota dizendo que foi chamada pelo proprietário da sapataria, que teria dito que o homem “realizava perturbação do trabalho”.

“A guarnição policial, que esteve no local, também tentou parlamentar com o indivíduo, que insistiu na desobediência e resistiu, ativamente, à abordagem, resultando, inclusive, em lesões nos policiais militares”, afirmou a PM.

Conforme a corporação, Felipe foi encaminhado para atendimento médico. Porém, não foram “verificadas lesões decorrentes da abordagem policial”, ainda segundo a PM.

Presidente do PDT mineiro repudia ação da PM

Mario Heringer, presidente do PDT-MG, repudiou a ação da PM e disse que “o processo democrático não admite truculência contra divergências políticas”.

“O que ocorreu com nosso correligionário merece nossa repulsa e pedido de reparo. Nosso corpo jurídico está acompanhando o caso e tomará todas medidas cabíveis em defesa do estado de direito e da democracia. Ninguém pode ser agredido e preso por divergências de ideias”, declarou, em nota.