SÉRIO?

Depois de incentivar violência contra LGBTs, André Valadão diz ser contra crimes de ódio

Pastor evangélico se retratou depois de apologia à violência LGBTfóbica em culto nos EUA

André Valadão defendeu a morte de LGBTs em culto e depois disse que nunca incentivou a violênciaCréditos: Reprodução/Youtube
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O pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, se pronunciou e abordou as suas falas homofóbicas em um culto realizado em Orlando, na Flórida, no dia 2 de julho.

No culto, André Valadão defende que Deus pede que os fieis acabem com o orgulho LGBTQIA+ e com as bandeiras do arco-íris. “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, afirma o pastor. “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”, disse ele em um trecho da pregação.

Após a péssima repercussão da fala que literalmente defende a morte de pessoas de orientação sexual e identidade de gênero diferentes da heteronormativa, Valadão passou a ser investigado pelo crime de homofobia. O Ministério Público danos morais coletivos no valor de R$ 5 milhões pela fala de Valadão.

Depois do caso, diversas pessoas relataram ter tido relações sexuais com André Valadão, incluindo o influenciador Bruno Sartori e a influenciadora Talita Oliveira, que é travesti.

Após a péssima repercussão e a exposição de sua vida privada, Valadão decidiu se pronunciar e puxou o breque, afirmando que "repudia" a violência contra as pessoas LGBTQIA+.

“Não admito, nunca admiti e não autorizo que nossos fiéis agridam, firam, ofendam ou causem qualquer tipo de dano, físico ou emocional, a qualquer pessoa que seja. Repudio o uso de violência física ou verbal a pessoas por conta da orientação sexual. Sou contra o crime de ódio e incitação à violência e, como cristão, defendo que Deus ama o pecador”, disse.

“Apesar da repercussão sobre o culto do dia 2 de julho, preciso dizer que nenhum dos nossos fiéis interpretou o que eu disse da forma como a imprensa divulgou. Não há qualquer relato de agressão ou ameaça”, afirmou.

“Foi isso o que quis dizer por tomar as cordas de novo, ‘resetar a máquina’ e recomeçar. Precisamos ser mais firmes no nosso ensinamento da fé e da Palavra. Mas sempre levando o amor à frente de tudo”, concluiu.