Um grupo de entidades que defende a causa LGBTQIA+ ingressou com uma queixa-crime no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), nesta segunda-feira (26), contra o dono da Rede Record, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Edir Macedo, por uma declaração homofóbica, em rede nacional, na véspera de Natal.
As entidades são: A Aliança Nacional LGBTI+, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Associação Brasileira de Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABMLBT) e o Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero (GADvS).
No sábado (24), em um programa de sua emissora, ele comparou gays com bandidos. Os ativistas querem investigação e punição para Macedo.
O MP-RJ pode aceitar ou não apresentar denúncia oficialmente para que a Justiça faça Edir Macedo virar réu oficialmente. Tudo vai depender das provas e da gravidade do assunto. Não existe um tempo determinado para apreciação, de acordo com o Notícias da TV, no UOL.
A queixa-crime é apenas contra Macedo. A Record, que transmitiu o programa, não foi responsabilizada.
Declaração provoca revolta nas redes sociais
Após a declaração homóbica, rapidamente os internautas manifestaram revolta nas redes sociais. Macedo estava lendo uma passagem bíblica sobre a importância da união familiar quando resolveu comparar a comunidade LGBTQIA+ com criminosos.
“Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual, lésbica. Todo mundo nasce perfeito com sua inocência. O mundo, porém, faz as pessoas serem o que elas são, quando elas aderem ao mundo”, afirmou.