Após dois anos restrita ao ambiente virtual com conta da pandemia, a Parada do Orgulho LGBTQIAP+ voltou a colorir as ruas do Rio de Janeiro e a orla de Copacabana neste domingo (27). A edição deste ano foi a 27ª realizada na cidade e, além de celebrar a vida e a diversidade, denunciou os absurdos números que a violência homofóbica apresenta no Brasil.
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O lema da volta do Orgulho LGBTQIAP+ após dois anos recolhido em ambientes virtuais foi: “Coragem para ser feliz”.
O evento, organizado pela ONG Grupo Arco-Íris, contou com a passagem de trios elétricos e shows dos artistas MC Bianca, Romero Ferro, Azula e Izrra. A parada ainda contou com grupos que chamaram a atenção para a preservação da Amazônia, do meio ambiente e prestaram homenagens e solidariedade às vítimas da Covid-19 no Brasil.
“Hoje foi dia de celebrar a diversidade, de protestar contra a violência e o desrespeito na vigésima sétima parada do Orgulho LGBTQIAP+ em Copacabana. O tema foi ‘Coragem para ser feliz’, mote bem apropriado já que no Brasil as pessoas são assassinadas por serem quem são”, comentou a deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-RJ).
Marcada oficialmente para as 14h, a Parada começou, na prática, logo de manhã, com a concentração de participantes no Posto 5 após enorme faixa com a bandeira da causa ser estendida.
As lutas antirracista, anti-homofobia e por justiça social se encontram, no Rio de Janeiro, na figura da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em 2018 por Ronnie Lessa, miliciano que morava no mesmo condomínio do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Mônica Benício, viúva de Marielle, deu um emocionado depoimento à reportagem do G1 que esteve presente na Parada.
“Hoje é dia de lutar e reivindicar por nossos direitos. Vale lembrar que não há democracia enquanto o Estado brasileiro não responder quem mandou matar Marielle Franco. Eu também gostaria de pedir uma salva de palmas para uma pessoa que, se pudesse, estaria aqui com a gente: o deputado federal David Miranda”, declarou. David Miranda está internado há três meses por conta de uma infecção generalizada.
*Com informações do G1.