A participação de Linn da Quebrada no Big Brother Brasil 22 (BBB22) reforçou o debate sobre preconceito contra pessoas transexuais, fazendo a própria cantora e o apresentador do programa, Tadeu Schmidt, terem que explicar para os confinados da casa que essas pessoas devem ser tratadas pelo pronome que as definem.
Linn, no entanto, não é a primeira mulher trans a participar do reality show. Em 2011, no BBB11, Ariadna Arantes sofreu muito preconceito por ser a única transexual do programa.
Com o debate entre BBB e transexualidade novamente à tona, Ariadna, no último dia 21 de janeiro, resolveu resgatar, através das redes sociais, uma capa transfóbica do jornal Meia Hora publicada à época de sua participação no reality show.
"Quando alguém falar: Ariadna foi eliminada porque escondeu que era trans… olha o que faziam comigo na época! Apenas uma das milhares de capas de jornais que eu era humilhada…", desabafou a ex-sister.
O perfil oficial do jornal Meia Hora, então, respondeu à postagem de Ariadna com um pedido de desculpas, 11 anos atrasado.
"Pedimos perdão não apenas a Ariadna como a todas e todos agredidos por essa capa de 11 anos atrás. Não tem graça, assim como outras piadas infelizes que, no passado, eram corriqueiras, embora causassem sofrimento. Além de nos envergonhar, não reflete a nossa atual linha editorial", diz a postagem do periódico carioca.
Em outra postagem, Ariadna prosseguiu com o desabafo: "No dia que saiu essa capa de jornal. Eu passei o dia chorando. Não quis fazer nada. Me senti um lixo. Me senti a menor pessoa desse mundo. Me questionei: O que eu fiz da minha vida? Ninguém mais vai me respeitar".
"Aqui gente, muita gente me questionou pq não processei o jornal. Não foi a única transfobia que passei. Na época os assessores diziam: não processa pq depois ninguém vai dar matéria sua e você vai ficar sumida e não vai ter trabalho. Briguei com muitos jornalistas por essas…", prosseguiu Ariadna, afirmando que não teve "forças" para processar o periódico.
Confira.