No Brasil de Bolsonaro, pautado pelo fundamentalismo religioso e ódio às diferenças, é óbvio que a nova campanha do Burger King Brasil ia dar o que falar, pois, nela crianças explicam o significado da sigla LGBT.
Além disso e em tom irreverente, as crianças também comentam sobre o seu convívio com suas famílias e amigos LGBT e afirmam quem não há problema algum nisso e que toda a forma de amor dever ser respeitada.
Obviamente, a base bolsonarista foi às redes e subiu a tag #BurgerKingLixo onde despejam ódio e LGBTfobia.
Todavia, nem só de ódio as redes são feitas e muitas pessoas hackearam a hashtag e deram apoio à campanha e às pessoas LGBT.
A ação publicitária da rede de fast food estadunidense é ousada, pois, toca em um ponto que é central no discurso da extrema direita: de que as questões LGBT devem ficar longe das crianças, mas claro, doutrinar para a heterossexualidade, tudo bem, né?
A rede Burger King tem uma tradição em campanhas LGBT e não apenas no Brasil, mas em todos os países que se faz presente. Além disso, desde que iniciou ação para se tornar popular no Brasil, é uma das grandes marcas que apoia a Parada LGBT da cidade de São Paulo.
No ano passado, a rede se tornou o alvo principal de uma campanha da extrema direita chamada #QuemLacraNãoLucra, visando o boicote de empresas que apoiam as questões LGBT, mas, a rede subverteu a tag e fez uma ação tirando onda e subvertendo a tag dos LGBTfóbicos:
Em 2014, a BK fez uma campanha que rodou o mundo: durante a Parada LGBT de São Franciso, quando as pessaos compravam a versão Pride do Whopper - o lanche mais popular do Burger King - eram surpreendidos com uma embalagem com as cores do arco-íris e a frase "Nós somos pessoas normais". Assista abaixo: