Depois de seis meses, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) resolveu acatar a denúncia de Agripino Magalhães, suplente de deputado estadual e ativista dos direitos LGBTI+, contra Antônia Fontenelle, Carlos Silva, o Mendigo, e o cantor baiano Netinho.
Os três vão responder processo criminal de LGBTfobia e de racismo. A pena prevê até oito anos de prisão, de acordo com reportagem de O Dia.
“As pessoas precisam saber que esses tipos de comentários sobre racismos e preconceitos não cabem mais na sociedade. São discursos de ódio e isso é crime. Crime previsto por lei e que pode levar uma pessoa à prisão por oito anos. Nós queremos punição para que isso não se repita entre pessoas famosas e formadoras de opiniões", declarou o advogado Ângelo Carbone, especialista em crimes de homofobia e racismo, a O Dia.
Netinho publicou nas redes sociais uma mensagem, na qual diz que “se esse pessoal LGBT não vivesse de acordo com o fiofó, pensando com o fiofó, o Brasil ia ser maravilhoso”.
Mendigo, por sua vez, utilizou uma foto de Thammy Miranda e seu filho, ao lado de uma imagem de antes da cirurgia de mudança de sexo: “Prefiro ser órfão do que ser adotado por uma mulher operada que se passa por homem para ter o privilégio de adotar uma criança”.
“Mimimi”
No caso de Fontenelle, ela fez o seguinte comentário a respeito da canção “Fricote”, de Luiz Caldas: “Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear... Hoje em dia não se pode falar nada porque ‘tudo é racismo’, ‘tudo ofende’ e ‘tudo mimimi’”.