O jogador de vôlei bolsonarista Maurício Souza voltou a defender suas postagens homofóbicas , declarou que se surpreendeu com a repercussão e ainda se comparou ao goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio.
“Nunca imaginei que isso poderia acontecer, sempre defendi as cores que eu acreditava. O que aconteceu foi que eu vi aquele quadrinho, imaginei que meus filhos pudessem assistir àquilo e não gostei. Só dei minha opinião sobre aquilo. Acho que passou do limite isso de querer impor na sociedade uma coisa dessas”, disse, em entrevista, nesta segunda (22), ao “Conserva Talk”, canal direcionado a conservadores no YouTube.
O tema do programa foi “Liberdade de expressão em tempos de cancelamento”. As informações são do Catraca Livre.
No mês de outubro, após comentários homofóbicos em suas redes sociais, Maurício, que constantemente visita Jair Bolsonaro em Brasília, foi demitido do Minas Tênis Clube, depois de muita pressão de patrocinadores da agremiação.
O jogador reconheceu que se prejudicou ao postar as mensagens homofóbicas, mas nem por isso se arrependeu.
“Me prejudiquei? Prejudiquei. Mas imagina se fosse um cidadão comum, que não tivesse estrutura, fosse assalariado… imagina a vida da pessoa? Estaria destruída. Hoje, graças a Deus, em 17 anos de vôlei pude construir uma carreira legal. Acima disso estão meus princípios e valores. Se for para pagar o preço de perder meu emprego, que seja, infelizmente”, afirmou.
Para piorar as declarações, ele ainda se comparou ao goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio. O jogador, desde que deixou a prisão, só atua em equipes de pouca expressão do futebol brasileiro. Maurício diz que acontecerá o mesmo com ele.
A demissão de Maurício ocorreu depois que ele fez uma postagem preconceituosa sobre a notícia de que o novo Superman, Joe Kent, seria bissexual.
“A é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”, publicou o bolsonarista.
Após perder emprego e vaga na seleção, Maurício mira política
Após protagonizar o episódio vergonhoso, ao postar mensagens homofóbicas nas redes sociais, Maurício foi demitido e vetado na seleção brasileira. Agora, está de olho nas eleições de 2022.
“Isso é uma coisa que não estava previsto, nunca me imaginei na política, mas estão me pedindo muito. Muitos partidos conservadores estão me dizendo que seria importante”, afirmou o bolsonarista, sem convencer.
A declaração foi dada em entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan.
Maurício quer surfar na onda da polêmica que provocou. Afinal, depois de fazer o post homofóbico sobre o novo Superman, o jogador foi às redes comemorar a chegada de novos seguidores e ainda tripudiou com ex-colega de seleção.
“Mas uma coisa: eu tinha 200 mil seguidores, hoje eu tenho 700 mil. E graças a Deus eu não precisei ficar sambando em cima de cama e nem desfilado na quadra para ganhar o respeito e admiração de vocês”, disse o atleta em referência ao seu ex-colega de seleção, Douglas Souza, homossexual assumido.
Maurício ganhou mais de dois milhões de seguidores no Instagram após mais este episódio sobre homofobia em seu currículo.