Erika Hilton processa 50 haters que atacam seus perfis em redes sociais

Acusados utilizaram ofensas transfóbicas e racistas contra a vereadora do PSOL; se condenados, cada um poderia ter que pagar indenização de 10 mil reais

Erika Hilton (PSOL) foi a mulher mais votada do Brasil, com mais de 50 mil votos | Foto: Pedro Maia/Bancada Ativista
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A vereadora Erika Hilton (PSOL), primeira mulher transgênero a ser membro da Câmara de Vereadores de São Paulo, anunciou nesta terça-feira (5) que entrará com uma ação contra 50 pessoas que publicaram comentários em seus perfis nas redes sociais com ofensas e ameaças transfóbicas e racistas.

Segundo um comunicado da assessoria da vereadora, as postagens incluem xingamentos como “traveco”, “vagabunda”, “jumento” e “raça imunda”, e termos ofensivos, como “cabelo de limpar ferrugem”. Também inclui até ameaças de morte à parlamentar.

As ofensas e ameaças foram publicadas nos perfis de Hilton em plataformas como Facebook, Instagram e Twitter.

A equipe da vereadora reuniu dados dos perfis que fizeram os comentários e pede à Justiça que cada um dos responsáveis por eles paguem uma indenização de 10 mil reais por danos morais.

A assessoria também garante que, caso seja dado ganho de causa a Hilton, os valores obtidos serão utilizados para pagar custos de cartório para a pessoas trans desejam mudar seu nome e gênero, mas se encontram economicamente vulneráveis.

“Quando uma mulher negra e travesti passa a ocupar uma função pública de prestígio, ataques em redes sociais são utilizados como tática de intimidação”, argumenta Erika Hilton na ação.

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