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A mulher trans que diz ter sido impedida de usar o banheiro feminino e arrastada à força por seguranças para fora do Shopping Pátio Maceió, em Alagoas, informou que registrou um Boletim de Ocorrência e que vai entrar na Justiça contra o estabelecimento.
Na noite de sexta-feira (3), Lanna Hellen foi impedida de usar o banheiro feminino do shopping e, revoltada com a situação, subiu em uma das mesas da praça de alimentação para exigir respeito e informar que acionaria a polícia. Imagens que circulam nas redes sociais, gravadas por testemunhas, mostram os seguranças arrastando a mulher trans de forma truculenta e a expulsando do estabelecimento.
"O delegado disse que tem lei e que eu posso sim usar o banheiro, coisa que eu já sabia. Uma advogada da OAB me ligou e me deu todas as orientações sobre o caso. Eu já estou com advogada e vou entrar com todas as ações que eu puder contra esse shopping", disse Hellen ao portal G1.
O caso ganhou repercussão nacional. Pelas redes sociais, internautas pregaram um boicote ao shopping com a hashtag #shoppingpatiotransfobico.
Em nota, o shopping informou que a mulher não foi impedida de usar o banheiro e que a ação dos seguranças foi necessária para garantir a segurança dela e das demais pessoas presentes.
Confira a íntegra.
O Shopping Pátio Maceió esclarece que ontem (03), a equipe de segurança foi acionada em socorro a uma ex-funcionária transexual de uma das lojas, que subiu em uma mesa da Praça de Alimentação. A ação foi necessária para garantir a segurança da própria pessoa e dos demais clientes. Informamos também que em nenhum momento a cliente, até este fato, foi impedida de utilizar das instalações do Shopping. Em resposta aos vídeos que circulam nas redes sociais, esclarecemos que não houve registro de nenhuma pessoa impedida de usar o banheiro, apenas reclamação de clientes. Não houve agressão por parte da equipe de segurança. O Shopping Pátio Maceió segue apurando os fatos e se mantém firme no compromisso de atender com respeito e segurança a todos os seus clientes. O Shopping informa, ainda, que recebe e acolhe com respeito e empatia a todos os públicos independente de orientação sexual ou identidade de gênero e reitera que respeita os direitos assegurados no Brasil a toda comunidade LGBTI+ e que não colabora em favor de qualquer cerceamento do direito de ir e vir de todos.
*Matéria atualizada às 13h55 em 04/01/2019 para acréscimo de informação