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A cantora brasileira Ana Cañas publicou em seu Instagram, nesta quarta-feira (28), um texto contando que voltou a se relacionar com mulheres e que reprimiu sua sexualidade na adolescência por conta de bullying. A cantora deu entrevista na última sexta-feira (23) ao jornal O Globo contando sobre esse processo e, nas redes sociais, fez mais uma retrospectiva sobre as piadas sexistas que sofreu, ressaltando a importância do jornalismo para contar histórias "que propaguem a luta das minorias políticas".
"Minha primeira relação sexual foi com uma mulher. Na adolescência, me envolvi com as meninas da escola e por conta disso, fiquei com fama de 'sapatão'. Me lembro, no colegial, de atravessar os corredores e ouvir muito comentários homofóbicos", contou Ana Cañas.
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A cantora também ressaltou a importância da prática jornalística em momentos de "recrudescimento de direitos". "É muito importante que o jornalismo brasileiro propague nossa luta e exponha a violência contra todas as minorias políticas, especialmente nesse momento em que vivemos recrudescimento de direitos e acessos, homofobia, transfobia, racismo, prisões políticas e desmonte do aparelho cultural", completou. Leia o relato da cantora: "Minha primeira relação sexual foi com uma mulher. na adolescência, me envolvi com as meninas da escola e por conta disso, fiquei com fama de "sapatão". Me lembro, no colegial, de atravessar os corredores e ouvir muito comentários homofóbicos. Também fiquei conhecida mundialmente no ambiente escolar como "canetão" >> a menina que se masturbava com uma caneta de 10 cores. eu tinha 14 anos. Alguns professores homens me chamavam de canetão dentro da sala de aula. Fiquei traumatizada com esse bullying excessivo e passei a namorar homens na vida adulta. Há algum tempo, reconectei com a minha homossexualidade maravilhosa e voltei a namorar mulheres. Hoje, me considero bissexual e plena, pleníssima. Essa matéria no globo publicada domingo passado conta essa história e aborda muitos outros temas como política, ativismo, antirracismo, LGBTQIA+, música, arte, poesia, masculinidade tóxica, relacionamentos abusivos e feminismo, hoje tudo entrelaçado em meu trabalho. Agradeço à jornalista clarissa pains @clarissa.pains pelas perguntas e temas escolhidos e ao jornal @jornaloglobo. É muito importante que o jornalismo brasileiro propague nossa luta e exponha a violência contra todas as minorias políticas, especialmente nesse momento em que vivemos recrudescimento de direitos e acessos, homofobia, transfobia, racismo, prisões políticas e desmonte do aparelho cultural".