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Era uma quarta-feira do dia 16 de agosto de 2017, mulheres ocuparam a Câmara de Vereadores do Rio na expectativa do reconhecimento do Dia da Visibilidade Lésbica. Mas, por apenas dois votos, a data não foi aprovada para fazer parte do calendário oficial da cidade.
Marielle Franco, autora do projeto. ligou para a esposa aos prantos. A arquiteta Mônica Benício fez o possível para tentar consolar a vereadora. Na entrevista publicada na Revista Brejeiras, voltada a mulheres lésbicas, ela relembra um dos dias de maior frustração da carreira política de Marielle.
"Foi uma porrada. Ela saiu da plenário e foi chorar no banheiro. Me ligou chorando muito e eu disse “calma, olha que conquista, não passou por dois votos!“. Fiquei tentando convencê-la de que essa era a vitória. Naquele espaço fundamentalista, machista, olha que maravilha, não passou por dois! Porra nenhuma, depois foi aquela coisa né? Caralho, que merda! Mas na hora foi “não, meu amor, imagina! Incrível isso! Você trabalhou para caramba, foram só dois votos”. Enfim, essas coisas que a gente tem que dizer. Mas nesse dia ela ficou bem arrasada. Foi difícil porque teve muita articulação, ela estava muito confiante, e ficou muito mal com o resultado", relembrou.
A edição com a entrevista será lançada no próximo dia 19 na Blooks Livraria de Botafogo. As Brejeiras em celebração ao Dia da Visibilidade Lésbica será vendida nesta unidade e nas lojas de Niterói e São Paulo, além da venda virtual no site do estabelecimento.