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Em Salvador, na Bahia, Samuel Nascimento de Oliveira teve seu nome registrado como “Samuel Boiola” no visor da catraca do edifício onde trabalhava
Por Redação
Na última semana, o estudante de Direito Samuel Nascimento de Oliveira teve seu nome registrado como “Samuel Boiola” no visor da catraca de acesso ao prédio em que trabalhava. Para o estudante, que só percebeu a ofensa enquanto deixava o edifício, o ocorrido tem origem homofóbica e discriminatória.
O jovem de 27 anos foi ao local para uma consulta médica e só reparou na alteração do nome ao deixar o consultório e passar o cartão magnético na catraca. Ao notar o nome registrado, passou novamente o cartão para poder tirar uma foto. Naquele momento, um amigo apareceu e ao ver o que aparecia no visor da catraca, incentivou o estudante a procurar a administração do prédio, que registrou a ocorrência internamente.
Com auxílio de um advogado, Samuel voltou ao local para pedir um atestado comprovando sua presença no consultório médico naquele dia. Durante o retorno, o estudante notou que seu nome havia sido alterado novamente para “Samuel boiola”. Ele acredita que a nova alteração foi feita por um funcionário que o mandou mensagem por Whatsapp pedindo as fotos da catraca e, posteriormente, em ligação, seu nome e RG.
O caso foi registrado na 16ª Delegacia de Pituba como difamação. O estudante trabalhou no prédio por cerca de um mês e meio e acredita que o registro já estivesse assim. Samuel disse que não reparou antes pois as catracas com visores são recentes.
Em nota oficial, o Edifício Mundo Plaza afirma que “respeita a autodeterminação de identidade de gênero dos seus funcionários e de todos os frequentadores do centro comercial” e diz que tomou todas as medidas cabíveis em conjunto com a empresa terceirizada responsável pelas catracas.
Foto: Samuel Nascimento de Oliveira