Evento acontecerá neste final de semana e tem como um dos objetivos dar visibilidade à luta de travestis e transexuais
Por Beatriz Sanz
Em meio ao cenário político conturbado que o país vive, acontecerá no próximo domingo (29) a 20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Neste ano, o tema da festa é o “Segmento T” que inclui travestis e transexuais.
O presidente da APOLGBT (Associação da Parada do Orgulho LGBT), Fernando Quaresma, disse que, apesar da ameaça de retrocessos ainda maiores para a população LGBT, a organização do evento não trará nenhuma manifestação oficial. Ele afirmou que espera protestos contra o governo interino por parte do público presente.
Quaresma também falou sobre os direitos conquistados nos últimos anos. “A união estável, o direito ao uso do plano de saúde, o casamento foram conquistas que vieram sempre através do Judiciário. Agora nós queremos a lei que criminalize a LGBTfobia, porque o Legislativo tem prestado um desserviço à população LGBT, trabalhado contra nós”, afirmou.
O prefeito Fernando Haddad (PT) falou que a conquista do nome social para travestis e transexuais pode até sofrer ataques da bancada evangélica e do atual ministro do Trabalho, pastor Ronaldo Nogueira (PTB/RS), mas como esses direitos possuem base constitucional, o STF pode assegurá-los.
Já o coordenador de políticas LGBT de São Paulo, Cassio Rodrigo, falou sobre os avanços no âmbito estadual, incluindo um monitoramento que já detectou que 182 pessoas fizeram pedido do uso do nome social em instituições de ensino públicas e privadas do ensino fundamental ao superior.