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"Senti como a homofobia acontece nas Forças Armadas através da invisibilidade, da chacota e da expulsão daqueles que ousam se abrir em relação a sua orientação sexual", escreveu ao explicar os motivos que o levaram a fazer o protesto.
Por Redação
O estudante Talles de Oliveira Faria, de 24 anos, fez um protesto contra a homofobia que sofreu nos anos em que estudou engenharia da computação no ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica), que pertence as Forças Armadas Brasileiras.
Durante a cerimônia de formatura, Talles colocou um vestido e um salto alto. Nas suas costas era possível ler uma série de palavras de protesto contra a homofobia e o machismo presentes em uma das instituições de ensino mais tradicionais brasileiras.
Ao se assumir homossexual, ele foi forçado a deixar a carreira militar - lá existe a opção entre a carreira militar ou civil durante o curso - por possuir "tom moral e profissional incompatíveis com a ética militar".
Em um texto no seu perfil do Facebook ele explicou um pouco os motivos que o levaram a fazer o protesto.
"Senti como a homofobia acontece nas Forças Armadas através da invisibilidade, da chacota e da expulsão daqueles que ousam se abrir em relação a sua orientação sexual. Assim, se passam os anos e os homossexuais lá presentes precisam levar uma vida marginalizada e escondida para que não o descubram e o eliminem. Invisíveis, vivem suas vidas", escreveu.
Ele disse que deseja que com o seu protesto a instituição repense o modo como trata os homossexuais.
"Cheguei no ITA e decidi que pra mim bastava. Aceitem-me como sou ou sejam expostos pelo que vocês são. Não me aceitaram, violentaram-me, riram de mim, tentaram me tornar invisível. Que a exposição os mudem porque eu vou continuar me amando e me fazendo muito presente mundo afora", completou.
Leia o texto completo dele aqui: