As tensões no Mar do Sul da China ganharam um novo capítulo nesta semana, com a realização de um exercício militar conjunto com fogo real entre Estados Unidos, Filipinas e Austrália.
O exercício faz parte do Balikatan 2025, maior treinamento militar anual entre EUA e Filipinas, que ocorre se iniciou 21 de abril e será concluido nesta sexta-feira (9), com observação do Japão. 9 de maio.
O local escolhido para o treinamento foi a província filipina de Palawan, na ilha de Rizal, estrategicamente localizada próxima as ilhas Nansha Qundao, da China, um ponto de disputa no Mar do Sul.
As tropas dos três países simularam a destruição de alvos flutuantes representando embarcações inimigas. Além das forças terrestres, os EUA mobilizaram seu sistema de foguetes de alta mobilidade HIMARS e, pela primeira vez, testaram o NMESIS (um sistema de mísseis antinavio dos fuzileiros navais) próximo ao Estreito de Luzon.
Em uma dessas incursões, o Exércio de Libertação do Povo dissuadiu a entrada de forças Filipinas em território chinês.
Nesta quinta-feira (8), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Lin Jian pediu para que cessem as provocações na região.
"A situação atual no Mar da China Meridional é geralmente estável. Não há qualquer problema com a liberdade de navegação e sobrevoo de que os países desfrutam de acordo com a lei. Ao realizar atividades no Mar da China Meridional, os países precisam observar o direito internacional e defender o espírito da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar da China Meridional (DOC), e não devem ter como alvo nenhum terceiro país ou colocar em risco a paz e a estabilidade regionais", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.
"As Filipinas, violando o direito internacional, repetidamente cometeram infrações e provocações e criaram problemas no mar. Também trouxe e colaborou com forças de fora da região para criar perturbações e exercitar a força militar no Mar da China Meridional, agindo como um peão para essas forças. Tais atos só sairão pela culatra", continuou.
"Os EUA e outros países de fora da região formaram pequenos grupos no Mar da China Meridional para fomentar o confronto em nome da cooperação, exercer poder militar em nome da liberdade e criar problemas em nome da manutenção da ordem. Eles são a maior fonte de riscos que comprometem a paz e a estabilidade no Mar da China Meridional", completou.
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