Em coletiva nesta segunda-feira (7), o porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China Lin Jian externou profundas críticas à política de Donald Trump sobre tarifas.
Os EUA impuseram tarifas de até 54% sobre os produtos chineses e, após Pequim retaliar com tarifas recíprocas, a Casa Branca anunciou uma nova rodada de barreiras aduaneiras contra a China nesta tarde.
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Lin Jian foi claro em sua resposta sobre as pressões estadunidenses. "O abuso de tarifas dos EUA priva os países, especialmente os países do Sul Global, de seu direito ao desenvolvimento. A análise dos dados da OMC mostra que, à luz do desenvolvimento econômico desigual e dos pontos fortes, os aumentos de tarifas dos EUA aumentarão ainda mais a lacuna de riqueza entre os países e os países menos desenvolvidos sentirão um golpe mais pesado. Isso prejudica gravemente o esforço para concretizar a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável", afirmou o porta-voz.
"As tarifas dos EUA com taxas diferenciadas violam o princípio da OMC de não discriminação, interrompem severamente a ordem do comércio internacional e a segurança e estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais, prejudicam severamente o sistema de comércio multilateral, dificultam severamente a recuperação econômica global e certamente serão rejeitadas pela comunidade internacional", completou o porta-voz.
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Questionado se a China abriria negociações com os EUA por conta das tarifas, Lin Jian foi claro: "Enfatizamos mais de uma vez que pressionar ou ameaçar a China não é uma maneira correta de dialogar conosco. A China protegerá firmemente seus direitos e interesses legítimos".