CHINA EM FOCO

Shenzhou 20: China lança missão tripulada para o espaço com sucesso

Lançamento de missão com três taikonautas foi realizada no Dia do Espaço com foguete "Longa Marcha"

Foguete Longa Marcha 2F, que levou os taikonautas para ficarem seis meses no espaço
Foguete Longa Marcha 2F, que levou os taikonautas para ficarem seis meses no espaçoCréditos: CCTV
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A China lançou com sucesso, nesta quinta-feira (24), a missão tripulada Shenzhou-20 rumo à estação espacial Tiangong. O foguete Long March 2F decolou às 6h17 (horário de Brasília) do Centro de Lançamento de Jiuquan, no deserto de Gobi, levando três astronautas — ou taikonautas — que permanecerão seis meses em órbita.

O dia escolhido para o lançamento foi o próprio Dia do Espaço na China, quando se comemora o lançamento do primeiro satélite do país, o Dongfanghong-1, naquele mesmo dia em 1970.

A bordo estão o experiente comandante Chen Dong e os estreantes Chen Zhongrui e Wang Jie. Eles deverão chegar à Tiangong após cerca de 6 horas e meia de voo, quando a espaçonave se acoplar automaticamente ao laboratório espacial. Lá, serão recebidos pela tripulação da missão anterior, Shenzhou-19, que passará o controle da estação antes de retornar à Terra em 29 de abril.

Chen Dong, em sua terceira missão, destacou o sentimento de “orgulho e responsabilidade” por liderar a operação mais longa de sua carreira. Chen Zhongrui, ex-piloto da Força Aérea, e Wang Jie, engenheiro aeroespacial, passaram por anos de treinamento rigoroso. Wang será responsável pelo gerenciamento de suprimentos e experimentos científicos a bordo.

A missão marca a nona operação tripulada à estação Tiangong e a sexta desde a conclusão do complexo orbital em 2022. Composta por três módulos, a estação orbita entre 340 e 450 km acima da Terra e é símbolo da crescente autonomia e capacidade tecnológica da China no espaço.

Durante a estadia, está prevista a chegada da nave de carga Tianzhou-9, com suprimentos e novos materiais científicos. A China planeja manter a Tiangong ocupada de forma contínua por pelo menos uma década, com planos de expansão e abertura para parcerias internacionais.

China no espaço

Além deste tipo de lançamento, Pequim tem se consolidado como liderança na pesquisa com parceiros internacionais sobre o tema, avançando o conhecimento global sobre o espaço sideral.

O país já firmou acordos com 17 nações e organizações para a construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), prevendo diferentes formas de colaboração. O país também oferece capacidade de carga internacional nas sondas lunares Chang’e-7 e Chang’e-8, previstas para os próximos anos.

Além disso, amostras lunares das missões Chang’e-5 e 6 estão disponíveis para pesquisadores internacionais. Cientistas de várias nações já participam de estudos sobre os materiais coletados.

No âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota, a China fornece serviços de satélite voltados ao desenvolvimento sustentável de países parceiros, com foco em agricultura, prevenção de desastres e cidades inteligentes. A constelação de satélites de sensoriamento remoto dos BRICS é outro projeto colaborativo em andamento, com objetivo de ampliar o compartilhamento de dados em situações emergenciais.

Para a China, o espaço é patrimônio comum da humanidade, e os frutos de sua exploração devem ser amplamente compartilhados.

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