Nesta semana, uma think tank estadunidense chamada Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) publicou um relatório em 1º de julho afirmando que a China pode estabelecer bases militares de operações de vigilância em Cuba, sendo uma delas perto da Estação Naval da Baía de Guantánamo, controlada pelos EUA.
O principal porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, disse em um briefing que os EUA estavam “monitorando de perto” a situação.
Cuba negou enfaticamente a ilação. O avanço de bases militares chinesas na América Latina não parece ser um plano de curto prazo dos chineses.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que as bases "não existem" e que ninguém nunca as viu.
"Como disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Carlos Fernández de Cossio, sem citar uma fonte verificável nem apresentar provas, o relatório estava repleto de histórias sobre bases militares chinesas que não existem e que ninguém viu, incluindo a Embaixada dos EUA em Cuba", disse a porta-voz.
Ning reforçou os laços de amizade entre o povo cubano e o povo chinês, que compartilham o sistema político e econômico socialista, mas não enxerga as relações como uma ferramenta para pressionar os EUA.
"A China e Cuba são bons amigos, bons camaradas e bons irmãos. As relações China-Cuba são um bom exemplo de sinceridade e assistência mútua entre os países em desenvolvimento. A cooperação da China com Cuba é feita de forma honesta e não visa terceiros. Certamente não aceitaríamos qualquer difamação e difamação deliberada de ninguém", completou.
Por fim, a porta-voz chinesa escancarou a hipocrisia estadunidense sobre a ilha, relembrando o terror de Guantánamo e das sanções unilaterais contra a economia cubana promovidas pelos EUA.
"A Baía de Guantánamo é um testemunho sólido da interferência ilegal dos EUA em Cuba durante mais de um século. Os mais de 60 anos de bloqueio e sanções dos EUA a Cuba infligiram grande sofrimento ao povo cubano. Até hoje, Cuba permanece na lista dos EUA de 'Estados patrocinadores do terrorismo'. Jogar lama nos outros não fará com que as más ações desapareçam. Os EUA precisam refletir sobre o seu comportamento, parar de interferir nos assuntos internos de Cuba, retirar imediatamente Cuba da lista de 'Estados patrocinadores do terrorismo' e levantar o bloqueio e as sanções contra Cuba", completou a porta-voz.