Nesta sexta-feira (26), em Manágua, capital da Nicarágua, foi realizado o seminário “Oportunidades Globais no Aprofundamento da Reforma da China na Nova Era”. O evento foi ministrado e coordenado pelo Grupo de Mídia da China (CMG, da sigla em inglês).
Entre os participantes do seminário, a reitora da Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (UNAN-Manágua), Ramona Rodríguez; o presidente do Banco Central, Ovidio Reyes; a diretora de Tecnologia Nacional, Loyda Barreda; o deputado do partido Frente Sandinista de Libertação Nacional, (FSLN), Adolfo Pastrán; o presidente da União Nacional de Estudantes da Nicarágua, Douglas Lara; e o coordenador de Comunicação Social do Conselho de Comunicação e Cidadania, Daniel Edmundo Ortega Murillo.
Também esteve presente o embaixador da República Popular da China na Nicarágua Chen Xi; o diretor-geral do CMG América Latina, Zhu Boying; e outros integrantes da equipe do grupo de comunicação chinês.
Na abertura do evento, foi exibida uma mensagem em vídeo do vice-ministro do Departamento de Publicidade do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente do CMG, Shen Haixiong.
Mensagem do governo sandinista
Daniel Murillo apresentou as saudações do povo nicaraguense e do governo sandinista liderado pelo presidente Daniel Ortega. Ele indicou satisfação por promover este tipo de troca de saberes e saberes entre chineses e nicaraguenses. Destacou ainda que a China sempre dá exemplo de cooperação, solidariedade e colaboração com os povos do mundo.
"A China hoje está realmente sendo a bússola, está apontando o caminho compartilhado por outras nações que não podem continuar vivendo no planeta inferior Terra, a bota dos impérios que acumulam riquezas às custas dos povos em processo de desenvolvimento e que eles esmagá-los, invadi-los e matá-los, isso tem que mudar, certamente terá que mudar porque todos os dias encontramos países defendendo estas posições.' respeitosamente às pequenas nações'", disse Murillo.
O coordenador de Comunicação Social do Conselho de Comunicação e Cidadania também destacou os avanços alcançados na coordenação e colaboração no trabalho de comunicação entre os meios de comunicação do Poder Cidadão da Nicarágua e os meios de comunicação da República Popular da China, neste caso com o CMG na América Latina.
“Esta unidade no trabalho de comunicação nestes tempos tem uma importância central, uma importância vital para a defesa da pátria, enfrentamos permanentemente campanhas de agressão, terrorismo midiático, mentiras, manipulações, notícias falsas, infâmias, calúnias contra o nosso povo, são campanhas de agressões que procuram criar instabilidade e tentam minar a paz e o bem-estar do nosso povo e é por isso que devemos continuar a avançar", afirmou ressaltou.
Relacionamento ganha-ganha
Em sua fala, Reyes afirmou que as reformas e a forma de relacionamento que a China estão sendo aprofundadas e podem ser utilizadas pelo mundo, particularmente pela Nicarágua, para acelerar o desenvolvimento e combater a luta contra a pobreza, numa fórmula de vitória.
“A China é a vencedora da globalização, porque é um país que entrou no período da globalização na procura de um mundo multipolar, com um PIB, com uma economia em que se pudesse ver a arrancar mas estava em baixa. O tempo passou e o mundo começou a conhecer os produtos chineses e começou a conhecer a sua economia e num espaço de tempo relativamente curto posicionou-se como líder mundial, foi rápido e acredito que os chineses dão maior fé ao sucesso econômico que tiveram", destacou.
O presidente do Banco Central acrescentou que neste contexto globalizado, a Nicarágua começou a procurar grandes mercados para os seus produtos de exportação e conseguiu “um crescimento espetacular nas suas exportações e isso nunca tinha acontecido, a nossa economia internacionalizou-se e hoje o nosso setor exportador é grande, é dinâmico”.
Reys destacou que, atualmente, a Nicarágua enfrenta enormes desafios, que se traduzem em obstáculos comerciais, na formação de blocos econômicos e nas sanções e proibições impostas pelos sistemas imperiais. Ressaltou ainda que a China promove princípios de solidariedade, desenvolvimento, paz, soberania, igualdade e a procura de um mundo multipolar, algo que a Nicarágua partilha.
“Se esta política se basear nisto, não há dúvida de que a Nicarágua vai tirar muitas vantagens desta relação e o nosso país já começou a tirar vantagem disso, tal como a China dessa relação, porque o comércio, que é o primeiro elo tem sido favorecido até agora neste ano, em comparação com o ano anterior, este ano o crescimento é quase 95% maior em relação ao ano anterior e isso continuará”, observou.
Reys comentou ainda sobre uma série de projetos de infraestrutura promovidos pela Nicarágua, bem delineados e desenhados para avançar no desenvolvimento do país, processo que a China acompanha.
“Nesse ambiente, este seminário que foi organizado para especialistas, para estudantes, para a mídia deve ser visto para compreender esta dinâmica global e ver como a China se insere nesta dinâmica global e como a Nicarágua se insere nesta relação fecunda que tem tivemos bons resultados até agora e teremos melhores resultados no futuro", encerrou Reyes.