A China segue consolidando sua contribuição para o crescimento econômico global. Dados recentes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) reforçam esse papel de catalisadora da retomada econômica desempenhado pela economia chinesa.
No dia 11 de junho, o Banco Mundial divulgou o relatório Perspectivas Econômicas Globais que aponta que a economia global deve se estabilizar pela primeira vez em três anos em 2024, mas em um nível fraco em comparação com os padrões históricos recentes.
Sobre a China, um anexo do documento aponta que o crescimento aumentou, com uma expansão robusta das exportações. O investimento em infraestrutura e manufatura se manteve firme, com o primeiro se beneficiando dos gastos públicos.
Comentários da diplomacia chinesa
Em coletiva regular de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da China nesta quinta-feira (13), o porta-voz Lin Jian comentou os dados do relatório do Banco Mundial, que elevou a previsão de crescimento da potência asiática em 2024 de 4,5% para 4,8%, e acrescentou as previsões positivas feitas pelo FMI e por outras instituições internacionais.
"O FMI também revisou para cima a previsão de crescimento da China para este ano, 0,4 pontos percentuais acima da previsão de abril. Muitas instituições internacionais aumentaram suas previsões de crescimento econômico da China este ano, o que é um exemplo da confiança da comunidade internacional na economia chinesa", citou.
Lin ressaltou que as Perspectivas Econômicas Globais também mencionaram a atividade mais forte do que o esperado da China, especialmente nas exportações, em sintonia com as estatísticas divulgadas pela Administração Geral das Alfândegas da China, que mostram que, nos primeiros cinco meses deste ano, o comércio de bens da China com outros países cresceu 6,3% em relação ao ano anterior.
"Como um grande fabricante e consumidor mundial, a China forneceu produtos de baixo custo a outros países e um grande mercado para seus próprios produtos, o que ilustra vividamente o papel positivo e distinto da China"
O diplomata comentou que como a segunda maior economia e um componente importante da economia global, a China tem sido por muito tempo uma grande contribuinte para o crescimento econômico global.
"O crescimento econômico sustentado e estável da China é um poderoso motor para a recuperação econômica global. A análise do FMI mostrou que um aumento de 1 ponto percentual no crescimento do PIB da China leva a um aumento de 0,3 ponto percentual no crescimento de outras economias, em média", citou.
Lin falou ainda que, com mudanças complexas se desenrolando em nosso mundo, a economia chinesa tem a força e resiliência para enfrentar adversidades e seguir em frente.
"Uma China próspera é um bom presságio para o mundo. Estamos prontos para compartilhar com o mundo os benefícios e oportunidades de nosso desenvolvimento de alta qualidade e trabalhar com outros países para sustentar o processo de modernização global", finalizou Lin.
Dados do FMI
Os dados do FMI citados pela diplomacia chinesa foram ecoados em um discurso proferido pela diretora-gerente da instituição, Kristalina Georgieva, durante o Fórum de Desenvolvimento da China, no dia 24 de março deste ano, em Pequim.
Em seu discurso, Georgieva destacou a China como um exemplo crucial de crescimento econômico robusto, com uma recuperação significativa pós-Covid em 2023. Ela ressaltou que a potência asiática, sendo a segunda maior economia do mundo, desempenha um papel vital no crescimento econômico global. No entanto, ela alertou para desafios como o baixo crescimento da produtividade e uma população envelhecida.
A diretora-gerente também abordou a importância de reformas estruturais na China para promover um crescimento de alta qualidade, destacando a necessidade de maior dependência do consumo doméstico e melhorias no ambiente de negócios.
Georgieva incentivou a implementação de uma infraestrutura digital robusta e uma regulamentação eficaz para a inteligência artificial (IA), além de promover a transição para uma economia verde.
Ela elogiou a liderança da China na adoção de energia renovável e destacou a importância de continuar avançando na descarbonização.
Georgieva finalizou seu discurso afirmando que a cooperação internacional é essencial para enfrentar os desafios globais, incluindo mudanças climáticas e crises de dívida, e expressou o compromisso do FMI em continuar trabalhando em parceria com a China para promover o desenvolvimento sustentável.