"Os EUA não são o modelo de respeitar e proteger os direitos humanos, mas um grande exemplo de ignorar e violar os direitos humanos", declarou o porta-voz Wang Wenbin, do Ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira (8).
O comentário de Wang foi feito durante coletiva de imprensa e no contexto da divulgação pela Organização das Nações Unidas (ONU) de que um painel independente de especialistas, nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para promover mudanças transformadoras para a justiça racial e a igualdade no contexto da aplicação da lei para africanos e afrodescendentes, fez uma visita aos EUA entre 24 de abril a 5 de maio.
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Um relatório sobre a visita será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na 54ª sessão, que será realizada em setembro-outubro de 2023.
Uma coletiva de imprensa promovida pela ONU na última sexta-feira (5) antecipou a sensação dos especialistas que visitaram os EUA. "Sentiram uma urgência e uma responsabilidade moral de ecoar a dor angustiante das vítimas e seus apelos retumbantes por responsabilidade e apoio."
A discriminação racial permeia todos os contatos com a aplicação da lei, desde o primeiro contato - geralmente durante os primeiros anos escolares - por meio de caracterização racial, prisão, detenção, sentença e cassação de direitos em alguns estados dos EUA, acrescentou a ONU.
"A China instou os EUA a abordarem seriamente as preocupações da comunidade internacional, a refletirem sobre seus problemas relativos ao racismo, à discriminação racial e à violência policial e a pararem de interferir nas questões internas de outros países sob o disfarce de preservar os direitos humanos", finalizou Wang.
Mecanismo Internacional de Especialistas
Em julho de 2021, a ONU criou o Mecanismo Internacional de Especialistas Independentes para o Avanço da Justiça Racial e da Igualdade no Contexto da Aplicação da Lei. Esse instrumento atua contra racismo e violência policial e foi criado durante a 47ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH).
Com mandato de três anos, o mecanismo, inédito no contexto da ONU, é formado por três especialistas independentes em direitos humanos nomeados pela presidência do órgão, sob orientação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Com informações da CGTN