Os investimento totais da China em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2022 ultrapassaram 3 trilhões de yuans, o que equivale a cerca de US$ 456 bilhões. Foi a primeira vez que a potência asiática atingiu esse valor, de acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, da sigla em inglês).
O valor investido pela China em P&D equivale a 2,55% do produto interno bruto (PIB) do país em 2022, 0,12 pontos percentuais a mais que no ano anterior. O investimento total no setor aumentou 10,4% ano a ano e marcou um crescimento de dois dígitos pelo sétimo ano consecutivo.
Após deduzir os fatores de preço, os gastos com P&D da China em 2022 aumentaram 8% ano a ano, superando a meta de crescimento anual de 7% durante o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025).
As despesas com pesquisa básica foram de 195,1 bilhões de yuans no ano passado, um aumento de 7,4% ano a ano. O valor é o equivalente a 6,32% do gasto total em P&D e marca o quarto ano em que a proporção foi superior a 6%.
Ano Novo Chinês: aumenta número de viagens pela China
Cerca de 110 milhões de viagens ferroviárias de passageiros foram feitas entre 7 e 21 de janeiro, os primeiros 15 dias da corrida de 40 dias do Ano Novo Chinês, um aumento de 27,3% ano a ano, de acordo com a China Railway.
Um total de 26,23 milhões de viagens foram feitas na véspera do Ano Novo Chinês por meio de ferrovias, rodovias, navios e aviões, metade dos níveis pré-pandemia, mas 50,8% a mais que no ano passado.
A busca e as reservas para as viagens de ida aumentaram desde que o país restabeleceu as agências de viagens e as empresas de viagens on-line para viagens em grupo e os negócios de "passagem aérea + hotel" para cidadãos chineses a partir de fevereiro.
Dados do portal de viagens do Alibaba, Feizhu, em 20 de janeiro, mostraram que as reservas para viagens de ida para 33 países e regiões dobraram ano a ano. As encomendas de viagens para a Tailândia, Maldivas e Nova Zelândia ultrapassaram o aumento de 10 vezes. As passagens aéreas internacionais na última semana aumentaram três vezes em comparação com o ano passado.
Plano nacional para travar a desertificação
Mais de um quarto da superfície da China é coberta por deserto e a desertificação é um grande problema para o país. Para abordar a questão, até 2025 a China vai atuar em 6,7 milhões de hectares de terras afetadas pela desertificação. Esse número deve chegar a 12,4 milhões de hectares em 2030. É o que especifica o Plano Nacional de Prevenção e Controle da Desertificação recentemente aprovado pelo Conselho de Estado.
O plano identificou sete áreas principais onde os desertos precisam ser afastados, o que inclui as montanhas da região de Pequim-Tianjin-Hebei, as áreas ao redor do deserto de Kubuqi na região autônoma da Mongólia Interior e o deserto de Mu Us na província de Shaanxi.
Para enfrentar a desertificação, o processo pelo qual a terra outrora fértil se transforma em deserto, o plano apela ao recurso à ciência e à tecnologia para abordar o problema na raiz, e para os agricultores e pastores se envolverem em meios verdes de utilização da luz, calor, vento e remediação do solo para melhorar rendimentos.
Este é o terceiro plano de prevenção e controle da desertificação aprovado pelo Conselho de Estado, o Gabinete da China, desde 2002.
O plano atual inclui ajustes de ideias e métodos gerais de reversão e controle da desertificação, derivados da experiência e resultados de planos anteriores, de acordo com a Administração Nacional de Florestas e Pastagens.
A última pesquisa nacional mostra que as áreas afetadas pela desertificação caíram de 3,8 milhões de hectares para 257 milhões de hectares entre 2014 e 2019. Como resultado, as tempestades de areia e poeira reduziram para uma média de 8,5 eventos de uma média anterior de 12,5, disse o governo.
Com envelhecimento da população, China investe em espaços para idosos
Até 2025, um quinto da população da China terá 60 anos de idade ou mais. Nesse período, o número de idosos na potência asiática ultrapassará 300 milhões, o que corresponderá a mais de 20% da população chinesa.
A estimativa de envelhecimento da população chinesa foi feita pelo Ministério de Assuntos Civis e consta no 14º Plano Quinquenal (2021-2025) do governo chinês.
Nesse cenário, o Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o principal órgão consultivo político do país, lançou um programa de cinco anos em 2021 para supervisionar os principais projetos do governo voltados para a população idosa.
Os comitês de trabalho do Comitê Nacional da CCPPC supervisionam várias áreas. Entre eles, o Comitê de Assuntos Sociais e Jurídicos que se concentra em inspecionar a renovação apropriada para a idade de instalações e serviços para oferecer melhor atendimento aos idosos, uma parte fundamental da resposta da China ao envelhecimento da população.
"A adaptação de nosso sistema social a uma sociedade envelhecida é um sério desafio que enfrentamos", comentou o vice-chefe desse comitê, Wang Ercheng, durante um briefing realizado em Pequim, capital nacional da China.
Wang informou que nos últimos dois anos, os conselheiros políticos nacionais nos setores dos assuntos sociais e jurídicos visitaram 26 distritos e condados em oito cidades de três províncias. As equipes estiveram em bairros antigos, lares de idosos, asilos e estações de transportes públicos para verificar se as medidas tomadas melhoraram a acessibilidade dos idosos.
Foram coletadas opiniões de mais de 400 pessoas. Também foram realizadas duas pesquisas: uma com duração de cinco anos que abrange mil domicílios de idosos e 300 comunidades urbanas e rurais; e outra online para obter mais sugestões dos internautas, elencou Wang.
Muitos problemas foram encontrados durante a coleta de opinião e as pesquisas. Por exemplo, a instalação de elevadores em prédios residenciais antigos é uma questão comum devido às diferentes necessidades dos moradores em diferentes andares.
Com base nos dados obtidos foi compilado um relatório com opiniões e sugestões para resolver os problemas que foi entregue ao CCPPC para referência. Segundo Wang, as sugestões do relatório levaram os setores do governo a fazer melhorias.
Por exemplo, a Administração Estatal para Regulamentação do Mercado liderou o estabelecimento de um grupo de trabalho conjunto para fortalecer padrões e normas unificados para a renovação de instalações.
O relatório também levou o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural, o Ministério de Assuntos Civis e várias províncias a adotarem as próprias medidas.
Nos próximos três anos, a comissão vai intensificar a sua fiscalização para promover a implementação das tarefas definidas no 14º Plano Quinquenal, para aumentar o sentimento de realização público, disse.
Brasileira interpreta astronauta em blockbuster chinês
A atriz brasileira Daniela Tassy, que mora em Pequim, capital da China, integra o elenco do longa-metragem Terra à Deriva 2 (Wandering Earth 2). Ela interpreta uma astronauta na continuação do filme de ficção científica que conta a história de humanos que construíram enormes motores na superfície da Terra para encontrar um novo lar.
Daniela mora na China desde 2014. Ela foi para o país para aprender o idioma chinês. O plano, a princípio, era estudar por um ano e retornar ao Brasil para trabalhar como tradutora. Mas o fascínio pela cultura chinesa fez com que ela resolvesse ficar no país asiático. Em 2019, ela conseguiu o papel de astronauta brasileira no filme com estreia marcada para este ano. As gravações foram realizadas em janeiro e fevereiro do ano passado.
Dani mantém um canal no YouTube para mostrar um pouco do cotidiano na China. Vestindo trajes tradicionais e assistindo a óperas chinesas, ela registra vídeos do que vê, em português, para que mais pessoas no Brasil conheçam o gigante asiático.
Em um dos vídeos ela mostra os bastidores da gravação do filme de ficção. Confira: