A China realizou mais de 300 eventos de intercâmbio tecnológico sobre a Covid-19 com outros países, regiões e organizações internacionais. A informação é do porta-voz da Comissão Nacional de Saúde do país, Mi Feng, que também refutou relatos estrangeiros que minimizam as conquistas do governo chinês no controle da doença.
“Nos três anos de luta contra a Covid-19, a China protegeu a vida e a saúde das pessoas”, disse Mi durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13). "Também fizemos contribuições importantes para a comunidade internacional."
Segundo Mi, a China tomou medidas fortes para controlar o vírus no início, ganhando um tempo precioso para o mundo se preparar.
"Compartilhamos ativamente informações sobre a Covid-19", disse ele. “Relatamos a doença à Organização Mundial da Saúde, divulgamos a sequência do gene, publicamos diretrizes de tratamento e controle o mais rápido possível”.
Essa informação forneceu uma base científica para o mundo desenvolver vacinas e kits de teste, acrescentou.
Além do intercâmbio tecnológico, a China também enviou 37 equipes de especialistas médicos para 34 nações, compartilhando a experiência chinesa com o resto do mundo.
A China é o primeiro país a prometer isenção de direitos de propriedade intelectual das vacinas Covid-19 e também o primeiro a cooperar com outros países em desenvolvimento na produção de vacinas. A China forneceu mais de 2,2 bilhões de doses de vacinas anticovid para mais de 120 países e organizações internacionais.
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) também faz parte do tratamento da Covid-19. A China realizou mais de 100 eventos de vídeo para introduzir o tratamento da MTC em mais de 150 países e regiões, de acordo com Mi.
Mi disse que a China quer continuar trabalhando com a comunidade internacional para combater a Covid-19 e proteger as pessoas.
Testes pré-viagem ainda em vigor para passageiros que chegam
A China cancelou os testes de ácido nucleico para viajantes internacionais após sua chegada à China, mas eles devem fazer um teste de PCR dentro de 48 horas após a partida.
O chefe do Departamento de Assuntos Consulares do Ministério das Relações Exteriores, Wu Xi, explicou nesta sexta-feira que o requisito é necessário para garantir uma viagem segura para os viajantes e impedir a propagação transfronteiriça do coronavírus.
"Queremos facilitar as coisas para os passageiros e impedir que o vírus se espalhe pelas fronteiras", disse Wu. "Se o viajante não apresentar sintomas ou não estiver infectado com o vírus, suas viagens planejadas não serão afetadas por essas medidas."
A China suspendeu a emissão de vistos de curto prazo para sul-coreanos e japoneses como medida recíproca. Wu disse que as restrições discriminatórias de entrada contra cidadãos chineses nos dois países "não são aceitáveis" e pediu a remoção dessas restrições.
Com os testes cancelados, a China está tomando outras medidas para monitorar a disseminação internacional da Covid-19.
O pesquisador do Instituto Nacional de Controle e Prevenção de Doenças Virais (CDC, da sigla em inglês), Chen Cao, disse que o órgão estabeleceu "pontos de sentinela" em muitos portos de entrada em todo o país, acrescentando que os hospitais também ajudarão a monitorar a situação.
"Se você se sentir desconfortável durante a entrada, informe os funcionários da alfândega", disse Chen. "Se você se sentir mal após a entrada, por favor, vá aos hospitais para obter ajuda."
Presidente do Conselho Mundial das Comunidades Muçulmanas diz que não há mentalidade anti-islâmica na cultura chinesa
Em resposta às acusações ocidentais sobre as políticas chinesas de Xinjiang, o presidente do Conselho Mundial das Comunidades Muçulmanas (TWMCC, da sigla em inglês), Ali Rashid Al Nuaimi, disse que a China não tem uma tradição ou mentalidade anti-islâmica e o rápido desenvolvimento de Xinjiang prova que a região está se movendo no direção correta.
"Na cultura e tradição chinesas, nunca houve tal ideia contra os muçulmanos ou a civilização islâmica", disse Ali em entrevista à Xinhua. "Gostaria de enfatizar que a civilização chinesa e a civilização islâmica têm uma longa história e sempre mantiveram uma cooperação amigável e laços estreitos."
Ali fez as observações durante sua visita de 8 a 11 de janeiro à Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China. Ele foi acompanhado por mais de 30 especialistas em Islã de renome mundial e estudiosos de 14 países a convite do governo local de Xinjiang.
Após sua chegada, eles visitaram vários locais que cobrem o trabalho histórico, cultural e religioso da região, onde elogiaram os esforços antiterroristas da China, a preservação do patrimônio cultural imaterial Twelve Muqam e os resultados sólidos da Iniciativa do Cinturão e Rota.
Ali também elogiou as políticas antiterroristas e de desradicalização da China por trazer paz e harmonia na região, dizendo que Xinjiang não viu uma única atividade terrorista violenta e eliminou a pobreza absoluta nos últimos anos, o que é uma "conquista notável" e trouxe benefícios concretos para a população local.
De 1990 até o final de 2016, forças separatistas, terroristas e extremistas planejaram e realizaram milhares de atividades violentas e terroristas em Xinjiang, matando um grande número de pessoas inocentes.
Ali, que também visitou Xinjiang em 2019, tem uma memória profunda da luta da região contra o terrorismo e o extremismo. Ele acredita que, em comparação com 2019, o desenvolvimento social de Xinjiang atingiu um novo patamar e as relações entre os grupos étnicos tornaram-se mais harmoniosas.
"Xinjiang está indo na direção certa", disse Ali. Ele condenou os terroristas na Síria, Egito e outras regiões, criticando os extremistas por matar pessoas inocentes e desrespeitar as leis nacionais e os direitos humanos, acrescentando que a China fez o que deveria para proteger seus interesses nacionais e a vida das pessoas.
Ele sugeriu que a China promova ainda mais a imagem positiva de Xinjiang internacionalmente para resolver o problema, acrescentando que a visita dos especialistas foi para ajudar o mundo islâmico a ter uma compreensão mais clara de Xinjiang no terreno.
"O mundo precisa de uma China segura, estável e próspera, especialmente para os países em desenvolvimento. Da amizade fraterna entre a China e o mundo islâmico, vamos transmitir ativamente a imagem de desenvolvimento, progresso e prosperidade da China e espalhar uma voz justa para o mundo exterior ", disse Ali.
Ele pediu ao mundo que deixe de lado as diferenças políticas e ideológicas e respeite as diferenças uns dos outros, dizendo "você deve ter a coragem de dizer em voz alta o que acredita, independentemente do que os outros digam".
Volume de comércio exterior da China supera 42 trilhões de yuans em 2022
O valor anual do comércio exterior da China superou 40 trilhões de yuans (cerca de US$ 5,94 trilhões) pela primeira vez em 2022, enquanto o país trabalha para coordenar melhor a resposta epidêmica com o desenvolvimento econômico e social em meio a situações domésticas e internacionais complexas e graves, mostraram dados oficiais na sexta-feira.
O comércio total de mercadorias atingiu um recorde de 42,07 trilhões de yuans, um aumento de 7,7% ano a ano, liderando o mundo por seis anos consecutivos, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas (GAC).
As exportações aumentaram 10,5%, para 23,97 trilhões de yuans, e as importações subiram 4,3%, para 18,1 trilhões de yuans.
O comércio exterior da China apresentou avanços em escala, qualidade e eficiência no ano passado, o que é um feito duramente conquistado, considerando os ventos contrários na demanda, oferta e expectativas, disse Lyu Daliang, porta-voz do GAC.
As importações e exportações da China com a ASEAN, a União Europeia e os Estados Unidos aumentaram 15%, 5,6% e 3,7%, respectivamente.
O comércio da China com os países do Cinturão e Rota aumentou 19,4%, respondendo por 32,9% de seu comércio exterior total, enquanto o comércio com outros membros da Parceria Econômica Abrangente Regional aumentou 7,5%.
A China manteve sua posição como a maior nação comercial de bens do mundo pelo sexto ano consecutivo.
O primeiro navio de pesquisa não tripulado inteligente da China se apresenta para o serviço
O primeiro navio inteligente de pesquisa não tripulado da China, Zhuhaiyun, foi oficialmente entregue para uso na quinta-feira em Zhuhai, província de Guangdong, no sul da China.
A embarcação possui navegação autônoma e recursos de controle remoto. Seus sistemas de potência, propulsão, inteligência, posicionamento e suporte foram todos desenvolvidos internamente.
A embarcação, com 88,5 metros de comprimento e 14 metros de largura com um deslocamento projetado de cerca de 2.100 toneladas, pode ser equipada com uma variedade de instrumentos não tripulados para diversas tarefas, incluindo levantamento e mapeamento marítimo, observação, inspeção e amostragem de levantamento.
Chen Dake, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências, disse que o navio navegou de forma autônoma por 12 horas seguidas em seu primeiro teste, evitando obstáculos e planejando caminhos.
"Ele atendeu totalmente aos nossos objetivos de design", disse Chen.
China lança três novos satélites no espaço
A China lançou nesta sexta-feira (13) um foguete transportador Longa Marcha-2D, colocando três satélites no espaço.
O foguete decolou às 15h (horário de Pequim) do Jiuquan Satellite Launch Center no noroeste da China e enviou os satélites Yaogan-37, Shiyan-22A e Shiyan-22B para a órbita predefinida.
Os três satélites serão usados principalmente para verificação em órbita de novas tecnologias, como monitoramento do ambiente espacial.
Foi a 461ª missão de voo dos foguetes da série Longa Marcha.
Com informações da Xinhua e CGTN