A China avançou para o 11º lugar no Índice Global de Inovação 2022, acima do 12º no ano passado. Há uma década, o país asiático ocupava o 34º lugar e, agora, está prestes a ingressar no top 10. Esse desempenho é resultado de esforços intensificados nos últimos anos para se transformar em uma potência de propriedade intelectual.
"É resultado de esforços incessantes", avaliou o diretor-geral da OMPI, Daren Tang, durante a divulgação da lista feita na quinta-feira (29). Ele observou que o governo chinês atribui grande importância aos direitos de propriedade intelectual e criou um ecossistema de inovação de maneira muito abrangente.
Tang acredita que lugares com grandes populações e potencial econômico estão começando a se envolver e moldar o cenário global de inovação. Ele acrescentou que é uma tendência positiva para o mundo, que ele acredita que vai continuar. "No futuro, o foco global não será apenas em como investir em inovação, mas também em como transformar esse investimento em impacto econômico e social", afirmou.
Os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) na China aumentaram nos últimos anos, e o valor da marca de empresas tradicionais e emergentes aumentou em um curto período de tempo, observou o coeditor do Índice de Inovação Global da OMPI, Sacha Wunsch-Vincent.
O cenário global de inovação também mudou nos últimos anos, pontuou. Sete em cada 10 pedidos de propriedade intelectual agora vêm da Ásia, África e América Latina, em comparação com apenas cinco em cada 10 há uma década, comentou Wunsch-Vincent.
O relatório mostra que P&D e investimento em atividades de inovação em todo o mundo cresceram em 2021, apesar do impacto da pandemia de Covid-19. Os gastos em P&D das principais empresas do mundo aumentaram quase 10% no ano passado.
Os negócios de capital de risco aumentaram 46% e algumas economias em desenvolvimento estão se saindo melhor do que o esperado em termos de inovação.
20º Congresso Nacional do PCCh: a responsabilidade histórica
Os 2.296 delegados anunciados no dia 25 de setembro para o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), que será realizado no dia 16 de outubro, foram selecionados entre mais de 96 milhões de membros e mais de 4,9 milhões de organizações partidárias de base em todos os níveis em 38 unidades eleitorais em todo o país.
Durante o evento, os delegados vão ouvir e examinar relatórios e eleger nova formação dos comitês Central e da Comissão Central de Inspeção Disciplinar. Também vão refletir as opiniões e demandas da maioria dos membros do PCCh e das massas e discutir e decidir sobre as principais questões do partido.
O 20º Congresso Nacional do PCCh ocorrerá em um momento crítico, quando a China embarca em uma nova jornada para construir um país socialista modernizado rumo aos 200 anos de fundação do partido. Entre as tarefas está o desenho de políticas para o desenvolvimento nacional nos próximos cinco anos com foco no rejuvenescimento da nação.
Os delegados que atuarão no principal evento político da China vão colaborar com a construção do Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era e no desenvolvimento da democracia popular.
Os representantes eleitos estão distribuídos em vários campos, como economia, ciência e tecnologia, defesa nacional, política e direito, educação, publicidade, cultura, saúde, esportes e gestão social, e em vários níveis como províncias, cidades, condados, municípios e aldeias.
Órgãos, empresas e instituições, organizações populares e outros aspectos, representam e refletem plenamente os desejos dos membros do partido de todas as esferas da vida e todos os aspectos.
Entre os representantes eleitos para o 20º Congresso Nacional do PCCh há 771 membros do partido da linha de frente na produção e no trabalho, representando 33,6%; 619 mulheres; e 264 representantes de 40 minorias étnicas. A idade média dos delegados é de 52,2 anos.
Mais benefícios para as mulheres chinesas na última década
A Federação Feminina de Toda a China, que mantém intercâmbios com mais de 420 associações de mulheres, instituições e organizações internacionais em 145 países, apresentou dados sobre os benefícios concedidos à população feminina na última década.
O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (29) e mostrou que nesse período a entidade ofereceu mais de 200 mil sessões de treinamento de habilidades práticas em áreas rurais que beneficiaram quase 20 milhões de trainees do sexo feminino.
Mais de 830 mil mulheres cientistas e pesquisadoras foram mobilizadas para participar de prestação de serviços como impulsionar o conhecimento científico do público e auxiliar no desenvolvimento rural. Mais de sete milhões de mulheres receberam apoio empresarial nos últimos 10 anos.
A última década também assistiu a uma maior proteção dos direitos e interesses legítimos das mulheres, com vários serviços, como aconselhamento, tratamento de queixas e assistência jurídica. Projetos sociais para aumentar o bem-estar de mulheres e crianças também foram lançados com um escopo crescente de cobertura.
Na ONU, China pede solidariedade, cooperação e foco no desenvolvimento
A China pede que a comunidade internacional se concentre no desenvolvimento e aumente a solidariedade e a cooperação. A declaração foi feita pelo vice-representante permanente da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Dai Bing, nesta quinta-feira (29).
"O desenvolvimento é a base da paz e da estabilidade, e a chave para resolver as dificuldades econômicas e sociais e alcançar a felicidade do mundo inteiro", disse Dai.
Ele afirmou que a comunidade internacional deve trabalhar em conjunto, pois os desafios, incluindo a Covid-19, conflito regional e crises alimentares, energéticas e climáticas, estão interligados. Eles resultaram na luta para estabilizar a economia global e em graves desafios para a realização da Agenda 2030 conforme programado, acrescentou.
Dai falou durante o debate geral do Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU em sua 77ª sessão. Os itens da agenda estão relacionados a uma série de assuntos sociais, humanitários e questões de direitos humanos que afetam as pessoas em todo o mundo.
O multilateralismo é a base da ordem internacional, afirmou o diplomata chinês. Ele comentou que os países devem aderir aos princípios de ampla consulta, contribuição conjunta e benefícios compartilhados para reforçar vantagens complementares e ajuda mútua.
"Os países desenvolvidos devem assumir a responsabilidade prática e oferecer mais recursos de desenvolvimento aos países em desenvolvimento, para fortalecer sua capacidade de desenvolvimento independente."
Vice-representante permanente da China na ONU, Dai Bing
Dai observou que os países devem explorar os próprios caminhos e padrões de desenvolvimento à medida que as condições nacionais e os níveis de desenvolvimento diferem.
O diplomata comentou que a comunidade internacional deve salvaguardar os direitos justos de desenvolvimento de cada país, respeitar os próprios caminhos escolhidos, se opor ao hegemonismo, à política de poder e à imposição de alguns países e à vontade e regras injustas sobre outros países.
A comunidade internacional deve colocar a questão do desenvolvimento na posição central na estrutura macropolítica global, aprofundar a coordenação política e a cooperação prática e expandir a parceria cooperativa para o desenvolvimento, pontuou.
A China, como membro da grande família de países em desenvolvimento, atribui grande importância ao desenvolvimento e se juntará positivamente à cooperação global para o desenvolvimento, ressaltou Dai.
A China realizou a Reunião Ministerial do Grupo de Amigos da Iniciativa de Desenvolvimento Global (GDI) em Nova York no dia 20 de setembro. Na ocasião foram anunciadas sete medidas práticas, entre elas a primeira lista do grupo de projetos GDI e avanço na Ação de Melhoria da Produção de Alimentos.
"A China dá as boas-vindas aos países que se juntam ao grupo e espera contribuir conjuntamente para a implementação da Agenda 2030", finalizou.
Cerimônia celebra aniversário de Confúcio
Uma procissão de fiéis vestidos de vermelho entrou no Templo Confuciano na cidade de Qufu, na província de Shandong, no leste da China, ao som suave da música tradicional chinesa de cordas e do aroma de incenso.
A cerimônia, realizada na quarta-feira (28), celebrou o aniversário de nascimento do filósofo e educador chinês Confúcio (551-479 a.C.) na cidade natal dele. O evento é o maior dos inúmeros promovidos por toda a China.
A cerimônia memorial de Confúcio remonta a 478 a.C., um ano após sua morte, e continuou ininterruptamente por mais de dois mil anos, tornando-se um marco na história dos ritos mundiais.
A celebração apresenta uma variedade de artes performáticas, como cantar, dançar, tocar instrumentos musicais e ritos. A primeira cerimônia pública desde a fundação da República Popular da China foi realizada em 2004 no Templo Confúcio em Qufu. Foi incluído na primeira lista do patrimônio cultural imaterial nacional em 2006.
Atualmente, o Festival Confúcio enfatiza a transformação criativa e o desenvolvimento inovador e tem melhorado constantemente através da herança. Tornou-se um dos eventos culturais mais valiosos do mundo.
CFP - A estátua de Confúcio, com 72 metros de altura, na praça da cidade de Qufu, província de Shandong, leste da China, é a mais alta desse tipo no mundo, em 12 de dezembro de 2019.
Com informações da Xinhua e CGTN