A Nova Rota da Seda foi lançada pelo presidente da República Popular da China, Xi Jinping, em 2013. A edição repaginada para o século XXI recebeu o nome de Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, da sigla em inglês) e visa construir uma rede de comércio, investimento e infraestrutura que conecta diferentes regiões ao longo das antigas rotas comerciais.
O projeto reedita a milenar rota comercial que ligava nações asiáticas, africanas e europeias por múltiplos caminhos ao longo centenas de anos durante a antiguidade. Os parceiros inaugurais da primeira etapa da Nova Rota da Seda, lançada há nove anos para as rotas terrestre e marítima, foram Cazaquistão e Indonésia.
A BRI segue o princípio orientador de ampla consulta, contribuição conjunta e benefícios compartilhados. Desde que foi lançada, cresceu como uma plataforma global onde os países ao longo das rotas trabalham juntos para promover o bem-estar das pessoas e impulsionar ainda mais o desenvolvimento global em meio a desafios complexos.
Em quase uma década, atualmente a iniciativa é composta por seis corredores, seis rotas de conectividade e engloba vários países e portos. Entre as realizações marcantes da BRI estão a ferrovia de bitola padrão Mombasa-Nairobi, na África; a ferrovia China-Laos, na Ásia; o novo porto de Haifa, em Israel; e o Corredor Econômico China-Paquistão.
Além dos projetos de infraestrutura, um novo canal logístico entre a Ásia e a Europa foi estabelecido por meio dos serviços de trens de carga China-Europa. Com 82 rotas, os trens chegam agora a 200 cidades em 24 países europeus, formando uma rede de transporte que cobre todo o continente europeu.
Conectividade significa menos barreiras, seja em termos de coordenação de políticas, viagens rodoviárias, comércio, fluxos financeiros ou intercâmbios entre pessoas. Também implica mais resiliência às incertezas. O serviço de trem de carga China-Europa, por exemplo, atuou como "uma passagem da vida" quando o transporte marítimo e aéreo foi duramente atingido durante a pandemia da Covid-19.
Com essa conectividade, a Nova Rota da Seda logrou crescimento apesar das recessões econômicas globais. De 2013 a 2021, o volume total de comércio de mercadorias entre a China e os países ao longo das rotas da BRI totalizou quase 11 trilhões de dólares, enquanto o investimento bidirecional ultrapassou 230 bilhões de dólares, apontam dados do Ministério do Comércio chinês.
Na Ásia Central, com a rodovia China-Quirguistão-Uzbequistão e a via expressa China-Tajiquistão, o transporte rodoviário foi amplamente melhorado. Espera-se que os países da Ásia Central liberem um maior potencial de trânsito através do próximo projeto ferroviário China-Quirguistão-Uzbequistão.
Xinhua - Um trem de carga Chang'an China-Europa parte para o Cazaquistão do Porto Internacional de Xi'an em Xi'an, província de Shaanxi, noroeste da China.
Conferência do Think Tank Diálogos Brasil-China debate desenvolvimento global e governança
Nesta quarta-feira (14), foi realizada a Segunda Conferência do Think Tank Diálogos Brasil-China sobre Desenvolvimento Global e Governança. O tema central do evento foi 'Aproveitando Amplas Oportunidades de Desenvolvimento Global e a Busca de uma Cooperação Econômica Bilateral de Alta Qualidade'.
Organizado pelo Instituto Lula, pela Academia de Estudos Contemporâneos da China e do Mundo (ACCWS, da sigla em inglês) e pelo Centro de Informações da Internet da China (CIIC, da sigla em inglês), o encontro reuniu brasileiros e chineses em painéis temáticos.
A abertura contou com a participação, como mediador, do vice-presidente da ACCWS, Lin Kun; e, como expositores, o presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann; e o editor-chefe do CIIC, Wang Xiaohui.
O presidente da ACCWS, Yu Yunquan, lançou a Pesquisa de Estudos do Brasil na China 2022, com a mediação do vice-presidente da ACCWS, Lin; e a participação do diretor da Divisa~o de Cultura Social do Instituto de Estudos Latino-Americanos (ILAS) e da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS, da sigla em inglês), Guo Cunhai.
Também foi promovido um seminário com a mediação da coordenadora do Grupo de Trabalho "Diálogos Brasil-China Think Tank", Melissa Cambuhy; com a participação do editor-chefe adjunto do CIIC, Yang Xinhua; do professor Associado do Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas, Javier Vadell; do vice-diretor da Divisa~o de Pesquisa Econômica do ILAS da CASS e secretário-geral do Centro de Pesquisa do Brasil, Zhang Yong.
A atividade teve ainda a participação do professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Elias Jabbour; do diretor-ajunto do Instituto de Política Externa dos Institutos de Estudos Internacionais de Xangai e secretário-adjunto da Associação Chinesa de Estudos Latino-Americanos (Calas), Niu Haibin; e do pós-doutorando no Cesti/Unicamp e no ICDD, Universidade de Kassel, tutor e coordenador latino-americano da OA, Universidade Global do Trabalho, Cheng Lee.
O encerramento foi realizado pelo distinto professor da Escola de Políticas Públicas e Gestão de Tsinghua (SPPM, da sigla em inglês) e ex-ministro do Ministério do Turismo do Brasil, Alessandro Teixeira, que é colunista da Revista Fórum.
Xi Jinping faz a primeira viagem internacional desde o início da pandemia da Covid
O presidente da China, Xi Jinping, realizou a primeira viagem internacional desde o início da pandemia da Covid-19. Ele desembarcou nesta quarta-feira (14) no Cazaquistão para uma visita de Estado e para participar da 22ª reunião do Conselho de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (SCO).
Xi também vai visitar o Uzbequistão a convite do presidente Kassym-Jomart Tokayev e do presidente Shavkat Mirziyoyev. O líder chinês ficará por três dias fora do país.
Este ano marca o 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Cazaquistão
China pede respeito por diferentes caminhos para o desenvolvimento dos direitos humanos
A China pediu respeito pelo caminho de cada país para o desenvolvimento dos direitos humanos. A declaração foi feita pelo representante da missão permanente chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU), Chen Xu.
Chen dirigiu o pedido ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) nesta terça-feira (13). O diplomata chinês falou em nome de 30 países duante a 51ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU (UNHRC) para discutir um relatório sobre direitos humanos.
Os ressurgimentos de Covid-19 impactaram o desenvolvimento socioeconômico, especialmente nos países em desenvolvimento, observou Chen. Ele disse que mais atenção deve ser dada aos direitos econômicos, sociais, culturais, de desenvolvimento e de saúde das pessoas.
"O ACNUDH deve priorizar a eliminação da desigualdade e ajudar os países em desenvolvimento a superar a pandemia e alcançar o desenvolvimento sustentável", ressaltou Chen.
O diplomata chinês também pediu ao ACNUDH que aumente a assistência aos direitos humanos, especialmente nos países em desenvolvimento, com o consentimento do país envolvido."O UNHRC deve ser a plataforma para o diálogo construtivo e a cooperação, observou Chen, e todas as partes devem evitar politizar o conselho", comentou.
Chen destacou que a chave para a cooperação bem-sucedida entre o ACNUDH e os países membros é o respeito e a confiança mútuos. Ele disse que o ACNUDH, ao negociar com os membros, deve respeitar as informações fornecidas por todas as partes.
Grande projeto de irrigação começa na província de Hainan, no sul da China
Teve início nesta terça-feira (13) a construção de uma das seis principais áreas de irrigação da China que são prioridade este ano, o Projeto da Área de Irrigação do Reservatório de Niululing, na província de Hainan, sul do país. O anúncio do início da obra foi feito pelo Ministério de Recursos Hídricos.
O projeto toma o reservatório de Niululing como uma das principais fontes de água e o combina com 241 projetos de conservação de recursos hídricos de grande, médio e pequeno porte na área de irrigação para formar um sistema de área de irrigação de grande escala.
Com um investimento total de 3,06 bilhões de yuans (cerca de US$ 438 milhões), será capaz de irrigar 570 mil mu (unidade de medida agrária chinesa que equivale a 38 mil hectares) de terras agrícolas nas cidades de Qionghai e Wanning dentro da província, além de atender à demanda de água residencial e industrial de 21 cidades.
O projeto será construído em 50 meses e se tornará a quarta área de irrigação em grande escala na província.
Outras três das seis novas áreas de irrigação em grande escala que o país identificou como os principais projetos para estabelecer este ano começaram antes de 15 de agosto, de acordo com um relatório do Diário do Povo.
A China aumentou sua construção de projetos de irrigação de terras agrícolas, com 7.330 áreas de irrigação de grande e médio porte encomendadas, informou o ministério.
China conclui primeiro voo de teste de motor de foguete líquido reutilizável
A primeira aeronave desenvolvida exclusivamente pela China e movida a oxigênio líquido reutilizável e motor a querosene completou seu teste de voo de verificação. O equipamento representa um grande avanço no desenvolvimento da reutilização de motores no gigante asiático.
O anúncio foi feito na terça-feira (13) pelo Instituto de Propulsão Aeroespacial de Xi'an, uma das instituições de tecnologia aeroespacial chinesa e subsidiária da Corporação da Academia de Ciência Aeroespacial e Tecnológica da China (CASC, da sigla em inglês).
O teste de voo de verificação envolve o motor no voo inaugural, inspeções e manutenção. Depois, são feitos vários testes de voo repetidos para verificar a reutilização da propulsão de foguetes líquidos.
A China pretende desenvolver o próprio avião espacial reutilizável até 2025 e tornar todos os veículos espaciais reutilizáveis até 2035, informou o CASC.
O veículo de lançamento de médio porte da nova geração do país, o Long March-8, fez um voo inaugural bem-sucedido em dezembro de 2020, e acredita-se que tenha potencial para ser reutilizável no futuro.