O Exército de Libertação Popular (ELP) está prestes a completar 95 anos e, desde a sua criação, defendeu a independência do país e abraçou a missão de revitalizar a nação.
A força militar da República Popular da China teve papel destacado em diversas ocasiões. Na Longa Marcha até as sangrentas batalhas da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa. Na Guerra de Libertação Nacional até a Guerra de Resistência à Agressão dos EUA e Ajuda à Coreia. Desde os primeiros anos da construção do socialismo até a pujança da Reforma e Abertura. Durante as operações de autodefesa nas fronteiras até as ações internacionais de manutenção da paz.
Em todos esses episódios o ELP prestou contribuições memoráveis para que a nação chinesa pudesse emancipar-se, prosperar e fortalecer-se cada vez mais, além de estabelecer méritos para preservar a paz regional e mundial.
No ano de 2013, a China apresentou o objetivo de fortalecer o exército na nova era e definiu-se a estratégia para os assuntos militares nas novas circunstâncias. Foi dado o início para uma nova jornada de fortalecimento das forças armadas com a definição das metas para o centenário do Exército, que será celebrado em 2027. A modernização preliminar da defesa nacional e das forças armadas será alcançada em 2035 para fazer do exército chinês, até meados deste século, uma força de primeira classe em nível mundial e modernizar plenamente a defesa nacional.
O ELP mantém-se fiel ao propósito fundamental que é servir ao povo com dedicação para que o exército chinês possa contar sempre com a confiança, o apoio e o apreço da população. As forças armadas vão acelerar a modernização da teoria militar, da forma organizacional das armas, dos efetivos e do armamento, elevar a capacidade de combate real e de cumprimento das missões. Vamos abrir novas perspectivas e avançar a passos firmes para nos tornarmos um exército de primeira categoria no cenário mundial.
Diante das mudanças sem precedentes no mundo, no nosso tempo e na história, cresce o déficit de paz, segurança, confiança e governança no âmbito global, e impõem-se cada vez mais desafios de segurança à sociedade humana. Partindo da perspectiva do futuro da humanidade, o presidente Xi Jinping propôs, na conferência anual de 2022 do Fórum Boao para a Ásia, a Iniciativa de Segurança Global, segundo a qual o diálogo e a cooperação devem tomar o lugar dos jogos de soma zero, a abertura e a inclusão devem substituir o isolamento e a exclusão, o intercâmbio e aprendizado mútuo devem suplantar a supremacia.
O futuro dos países encontra-se na convergência de interesses e responsabilidades e nos desafios comuns. Vamos trabalhar para construir uma comunidade global de segurança com vistas a compartilhar a dignidade, as conquistas de desenvolvimento e as garantias de segurança. A Iniciativa de Segurança Global, um novo bem público internacional, traz uma solução chinesa para a governança de segurança global em um mundo interdependente.
Uma China pacífica, estável e próspera viabiliza oportunidades e bem-estar para o mundo todo. Um exército chinês forte constitui uma força para preservar a paz e a estabilidade mundiais. Seguindo o conceito defensivo da política de defesa nacional, as forças armadas da China cumprem suas responsabilidades e obrigações internacionais ao fornecer a outros países mais bens públicos de segurança.
Vamos participar ativamente em operações internacionais de paz, escoltas marítimas e resgates humanitários. Vamos contribuir, de forma construtiva, para a resolução política de questões prementes e a defesa de segurança dos corredores internacionais. Vamos unir forças para responder a desafios globais como crises sanitárias, terrorismo e mudanças climáticas, assumindo um papel fundamental na construção de uma comunidade global de segurança.
Neste outono, o Partido Comunista da China realizará seu histórico 20º Congresso Nacional para traçar os rumos e os planos para o desenvolvimento nacional. O exército popular da China seguirá a tendência de paz e progresso, defenderá a soberania nacional, a segurança e os interesses do desenvolvimento, praticará fielmente o conceito de comunidade de futuro compartilhado e cumprirá as obrigações internacionais como compete ao exército de uma potência.
O exército chinês está disposto a fortalecer seu intercâmbio e cooperação com os países latino-americanos e, em particular, com as forças armadas brasileiras. Vamos trazer uma nova e maior contribuição para a segurança, seguindo um caminho caracterizado pelo diálogo em vez do confronto, pela parceria no lugar de alianças e pelos ganhos compartilhados ao invés de jogos de soma zero, e vamos também edificar uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a América Latina em favor da paz e do progresso mundiais
** As opiniões desse artigo não refletem, necessariamente, o posicionamento da Revista Fórum