Os países do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - devem aprofundar a cooperação em segurança alimentar e redução da pobreza para contribuir para a segurança alimentar global. O apelo foi feito pelo ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, durante a 12ª Reunião de Ministros da Agricultura do bloco realizada por teleconferência nesta quarta-feira (8).
Para enfrentar os desafios à segurança alimentar global, Tang pediu aos países do BRICS que protejam resolutamente o sistema multilateral de comércio com a Organização Mundial do Comércio (OMC) em seu centro, melhorem a sinergia das políticas comerciais agrícolas e expandam ainda mais as parcerias com uma cooperação multilateral e bilateral mais forte em agricultura .
A reunião adotou uma declaração conjunta dos ministros da agricultura do BRICS e um documento sobre a estratégia de cooperação em segurança alimentar dos integrantes. Também foi anunciada a criação de um fórum sobre o desenvolvimento da agricultura e assuntos rurais dos países do BRICS.
Apesar dos graves desafios trazidos pela Covid-19 e desastres naturais, a China conseguiu garantir alimentos suficientes para mais de 1,4 bilhão de pessoas por meio de seus próprios esforços, contribuindo para a segurança alimentar global, observou o ministro.
Com o tema da cooperação em agricultura e áreas rurais entre os países do BRICS, o encontro deste ano concentrou-se em temas como segurança alimentar global e redução da pobreza.
Também na quarta-feira foi realizada a reunião de 2022 do Conselho Empresarial do BRICS. Cerca de 150 representantes empresariais dos países do bloco se comprometeram a aumentar a cooperação multilateral para salvaguardar os interesses comuns dos mercados emergentes e países em desenvolvimento.
Uma declaração conjunta sobre a construção de parcerias de alta qualidade entre os países do BRICS pediu esforços para aprofundar o diálogo e aumentar a cooperação e foi divulgada durante o encontro.
O presidente do capítulo chinês do Conselho Empresarial do BRICS, Chen Siqing, afirmou que a China cooperou com todas as partes para alavancar vantagens profissionais e de recursos e promover a recuperação econômica.
Segundo Chen, a China trabalhará com as comunidades empresariais entre os países do BRICS e vai aderir ao desenvolvimento impulsionado pela inovação para aumentar o impulso do crescimento.
O Conselho Empresarial do BRICS foi estabelecido durante a quinta Cúpula do BRICS realizada em 2013 em Durban, África do Sul, com o objetivo de promover e fortalecer os laços de negócios, comércio e investimentos entre as comunidades empresariais dos cinco países do bloco.
Exportações da China superam previsão e se recuperam em maio
As exportações da China se recuperaram e cresceram a um ritmo de dois dígitos em maio. O resultado superou as expectativas e sinaliza que a economia do gigante asiático está se recuperando dos surtos de Covid-19 à medida que as fábricas foram reiniciadas e os problemas logísticos diminuíram no centro financeiro do país, Xangai.
O anúncio do desempenho das exportações chinesas foi feito nesta quinta-feira (9) pela Administração Geral das Alfândegas (GAC). De acordo com os dados divulgados, as exportações do país aumentaram 16,9% em maio ano a ano em termos de dólares, acelerando em relação ao aumento de 3,9 % em abril. Foi o crescimento mais rápido desde janeiro deste ano e superou a previsão da Reuters de um ganho de 8%.
As importações denominadas em dólares também cresceram pela primeira vez em três meses, subindo 4,1% em maio em relação ao ano anterior. Comparado com o crescimento estável em abril, ficou acima da expectativa da Reuters de um aumento de 2%.
O valor do comércio exterior aumentou 11,1%, para US$ 537,74 bilhões no mês passado, com as exportações saltando para US$ 308,25 bilhões e as importações crescendo para US$ 229,49 bilhões, segundo o GAC. O país registrou superávit comercial de US$ 78,76 bilhões em maio, contra um superávit de US$ 51,12 bilhões em abril.
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) continua sendo o maior parceiro comercial da China em maio, representando 15,5% do comércio exterior total da China.
As importações e exportações da China para a ASEAN, a União Europeia e os Estados Unidos foram de US$ 76,98 bilhões, US$ 66,52 bilhões e US$ 59,78 bilhões, um aumento de 9,4%, 8,9% e 10,9% ano a ano, respectivamente.
Xi Jinping enfatiza a manutenção do desenvolvimento econômico estável
O presidente da China, Xi Jinping, enfatizou a manutenção do desenvolvimento econômico estável e a estabilidade social geral durante viagem à província de Sichuan, sudoeste da China, nesta quarta-feira (8).
Xi destacou a implementação resoluta das decisões e planos do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e a adesão ao princípio geral de buscar o progresso e garantir a estabilidade.
Ele exigiu a aplicação completa, precisa e abrangente da nova filosofia de desenvolvimento inovador, coordenado, verde, aberto e compartilhado, apresentado por ele em 2015.
"Esforços devem ser feitos para coordenar a prevenção e o controle da epidemia com o desenvolvimento econômico e social", comentou o presidente chinês.
Ele também pediu a promoção da governança e desenvolvimento de Sichuan a um novo nível.
Xi esteve nas cidades de Meishan e Yibin e visitou a vila de Yongfeng e San Su Ci, o templo memorial e antiga residência de Su Xun e seus dois filhos Su Shi e Su Zhe, três mestres literários da Dinastia Song do Norte (960-1127).
Durante a visita, o presidente da China aprendeu sobre os esforços locais para promover o desenvolvimento de terras agrícolas de alto padrão, impulsionar a produção de grãos, promover a revitalização rural, manter a prevenção e controle eficazes da Covid-19 e proteger o patrimônio histórico e cultural.
Primeira estrada no deserto da China atinge zero emissões de carbono
A rodovia do deserto de Tarim, que atravessa o deserto de Taklimakan, localizado na região autônoma de Xinjiang Uygur, foi transformada em uma via de carbono zero. Trata-se de mais um exemplo da tentativa da China de atingir o pico de carbono até 2030 e a neutralidade de carbono até 2060.
A emissão de carbonos da rodovia foi zerada graças a um projeto de transformação concluído no início deste mês para o sistema de irrigação dos arbustos que ficam ao longo da pista. A vegetação passou a ser irrigada com a ajuda de bombas movidas a energia solar, em vez de a diesel.
Estima-se que o projeto reduza o consumo de diesel em cerca de mil toneladas e as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 3.410 toneladas por ano, de acordo com a PetroChina, responsável pelo projeto.
A rodovia do deserto de Tarim foi concluída em 1995 e atravessa o maior deserto da China. A obra reduziu a distância da capital regional Urumqi a Hotan em 500 km. Mas não foi tarefa fácil construir e manter uma rodovia no Taklimakan, o segundo maior deserto de areia movediça do mundo.
Em 2005, um cinturão de abrigo de 436 km foi plantado em ambos os lados da rodovia para protegê-la de ser engolida pela areia, e 109 estações de poços foram construídas para irrigação. Oitenta e seis das estações de poços eram movidas a óleo diesel, que foram incapazes de fornecer energia contínua.
Em janeiro deste ano, a PetroChina lançou o projeto de transformação para alterar todos os geradores de energia a diesel em geradores fotovoltaicos.
Além do consumo de diesel e das emissões de CO2 reduzidas com a ajuda do projeto, o CO2 capturado pelo cinturão de abrigo pode ultrapassar 20 mil toneladas por ano. A rodovia também pode ajudar a neutralizar o CO2 emitido pelos veículos que passam para torná-la uma rodovia com zero carbono.
Os geradores de energia solar estão equipados com instalações de armazenamento de energia, que garantem um fornecimento de energia estável e fornecem eletricidade acessível aos trabalhadores de manutenção.
Desde a sua construção, a Rodovia do Deserto de Tarim facilitou o transporte e impulsionou os meios de subsistência da população local. Agora, a rodovia é um testemunho do compromisso da China em honrar suas metas de carbono.
Com novos recursos energéticos abundantes, como energia eólica e solar, Xinjiang é uma base nacional de energia limpa em larga escala.
Taikonautas da Shenzhou-14 realizarão 24 experimentos médicos no espaço
Os taikonautas da tripulação Shenzhou-14 vão realizar 24 experimentos médicos em órbita durante a estadia de seis meses na estação espacial da China. O anúncio foi feito pela Agência Espacial Tripulada da China nesta quinta-feira (9).
Os experimentos médicos espaciais foram projetados principalmente para estudar como o ambiente sem peso e os voos espaciais afetam os taikonautas, disse o vice-designer-chefe do sistema de taikonautas do programa espacial tripulado da China, Li Yinghui..
Comparado com missões tripuladas anteriores, o Shenzhou-14 coletará amostras de fluidos corporais, incluindo sangue, urina e saliva de astronautas chineses. O trio também usará métodos ópticos não invasivos para medir a perda muscular e analisar os metabólitos da urina.
Li também observou que os dados corporais coletados pelos taikonautas Shenzhou-12 e Shenzhou-13 estabeleceram uma boa base para pesquisas subsequentes da tripulação do Shenzhou-14.
A China lançou em 5 de junho a missão Shenzhou-14 de três pessoas, que é a terceira tripulação do projeto da estação espacial do país. O trio de taikonautas cooperará com a equipe de terra para concluir a montagem e construção da estação espacial Tiangong. Eles também trabalharão em seus gabinetes de experimentos para exploração científica da vida, ecologia e biotecnologia.
Qipao, vestido tradicional chinês, vira moda durante o vestibular nacional
Termina nesta sexta-feira (10) o vestibular nacional da China, o Gaokao, que teve início na terça-feira (7). Durante os três dias de exame que ocorrem em todo o país, muitas mães e professoras vestem o tradicional vestido qipao para compartilhar bons votos com os jovens que fazem as provas.
A palavra qipao soa semelhante à frase chinesa "qikaidesheng", que significa vitória. O traje com gola alta e botões de tecido delicados na frente é originário dos vestidos usados pelas mulheres na dinastia Qing da China (1644-1911). Sob a influência da cultura ocidental, o modelo mudou continuamente durante o início do século 20, tornando-se mais ajustado e com fendas laterais que chegam até a coxa.
O Gaokao deste ano registrou um recorde de 11,93 milhões de candidatos inscritos. Além de um adiamento em Xangai devido à Covid-19, o exame começou na terça-feira em todo o país.