CHINA EM FOCO

Lucros industriais da China melhoram com reabertura de fábricas

Dos 41 setores industriais chineses, 20 registraram crescimento do lucro durante os primeiros cinco meses de 2022

Créditos: CFP - Um trabalhador em uma linha de montagem na Tangshan Changliang Textile Co., na província de Hebei, norte da China (22/6/22)
Créditos: CGTN
Créditos: CGTN - A Força Policial de Hong Kong realizará oficialmente exercícios a pé no estilo chinês a partir de 1º de julho.
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Durante os primeiros cinco meses deste ano, as principais empresas industriais da China faturaram cerca de 3,44 trilhões de yuans em lucros totais, um aumento de 1% em relação ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).

No entanto, de acordo com os dados do NBS, os lucros das principais empresas industriais da China tiveram um declínio em maio, quando as fábricas da segunda maior economia do mundo reiniciaram as linhas de produção, à medida que os sentimentos dos negócios melhoraram.

As principais empresas industriais, cada uma com receita comercial de pelo menos 20 milhões de yuans (cerca de US$ 2,99 milhões), viram os lucros caírem 6,5% ano a ano em maio, diminuindo em relação à contração de 8,5% em abril, aponta os dados do NBS.

As receitas dessas grandes empresas subiram 6,8% em relação ao ano passado no mês passado, um ritmo de crescimento mais rápido em comparação com abril. "A economia industrial da China está se estabilizando e se recuperando", garantiu o vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Xin Guobin.

Sobre os dados de maio, o estatístico sênior do NBS, Zhu Hong, atribuiu a contração mais lenta ao controle efetivo da epidemia, à recuperação das atividades comerciais e ao progresso alcançado na suavização da logística.

De todos os 41 setores industriais, 20 registraram crescimento anual do lucro ou contração anual reduzida do lucro em maio, enquanto cinco conseguiram reverter a tendência de declínio para a expansão pós-lucro.

No mês passado, a região nordeste do país e o delta do rio Yangtze, onde a metrópole Xangai está situada, relataram um declínio muito menor nos lucros industriais em comparação com abril, à medida que essas áreas gradualmente se livravam das consequências da Covid-19.

Impulsionado pelo apoio político e preços relativamente altos, o setor de energia viu os lucros aumentarem em maio. Os lucros das indústrias de exploração de carvão, petróleo e gás natural mais que dobraram, contribuindo para 9,5% do crescimento geral do lucro industrial no mês passado.

Os lucros marginais do setor de fabricação de equipamentos registraram uma melhora acentuada em comparação com abril, e ganhos melhores também foram relatados entre os produtores de bens de consumo no mês passado, apontou Zhu.

Apesar dessas mudanças positivas, Zhu alertou que, dada a base de recuperação relativamente fraca e o cenário internacional em mudança, ainda há muitas incertezas para as empresas industriais obterem lucros.

Dados oficiais mostraram que os principais indicadores econômicos da China tiveram melhorias em maio. A produção industrial de valor agregado, por exemplo, reverteu o declínio em abril e registrou uma expansão ano a ano no mês passado.

Para sustentar a economia atingida pelo vírus, o Conselho de Estado divulgou recentemente um pacote de 33 medidas em seis aspectos para estabilizar ainda mais a economia.

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação se comprometeu a se concentrar na estabilização das cadeias industriais e intensificar o apoio às pequenas e médias empresas, a fim de garantir a entrega do pacote de políticas.

China vê melhorias constantes no fluxo logístico

O setor de logística e circulação da China registrou avanços constantes com indicadores-chave e mostra sinais de recuperação em meio aos esforços contínuos para estabilizar as cadeias industriais e de suprimentos.

O país fez melhorias na desobstrução e suavização da logística devido aos esforços combinados de diferentes localidades e órgãos governamentais. A avaliação foi feita pelo vice-ministro dos Transportes, Zhao Chongjiu, em uma coletiva de imprensa nesta  segunda-feira (27).

Os principais indicadores logísticos que acompanham o desempenho rodoviário, ferroviário e portuário relataram um crescimento estável. O número de caminhões nas vias expressas atingiu 7,48 milhões na sexta-feira (24), um aumento de 18,3% em relação ao mesmo dia de 2019. No primeiro semestre deste ano, o volume de frete da China por ferrovia e água deve aumentar entre 20% e 15% em relação a 2019.

Os principais centros de transporte também têm acelerado o ritmo de retomada da produção, com a movimentação média diária de contêineres do Porto de Xangai em 125.800 TEUs este mês, recuperando-se para mais de 95% do nível de 2021.

O país adotou estratégias multifacetadas para resolver as dificuldades enfrentadas pelas empresas na produção e operação e intensificar o apoio fiscal e financeiro às empresas do setor de transporte.

Primeira fábrica inteligente da China para equipamentos de perfuração offshore inicia operação

A primeira fábrica inteligente da China para a produção de gás offshore e equipamentos de extração de petróleo foi colocada em operação neste domingo (26). A inauguração marca um avanço na articulação da indústria para a fabricação intelectual.

A instalação tem capacidade de produção anual projetada de 84 mil toneladas e pode atingir um valor de produção anual de 4 bilhões de yuans (cerca de US$ 600 milhões). Está equipada com mais de 400 conjuntos de máquinas de produção inteligentes que podem aumentar a eficiência geral em mais de 20%.

A fábrica ocupa uma área de cerca de 575 mil metros quadrados e conta com três centros de produção inteligentes, sete oficinas auxiliares e oito estações de montagem. 

A planta foi desenvolvida por uma equipe de pesquisa formada por mais de 200 engenheiros e conjunto com as principais universidades e instituições chinesas. Foram aplicadas cerca de 10 tecnologias mais recentes para preencher o vazio nesta área na China.

Nova operadora de telecomunicações da China lança serviços 5G

A China Broadnet lançou formalmente os serviços 5G que promete acelerar o desenvolvimento de um novo tipo de rede de comunicação de rádio e TV, da rede cultural nacional e da rede nacional de infraestrutura.

A China Broadnet ocupa o posto de quarta operadora de telecomunicações chinesa, atrás da China Mobile, China Unicom e China Telecom. A empresa recebeu a licença para uso comercial da tecnologia 5G em 2019.

Contagem regressiva para a 2ª Exposição Internacional de Produtos de Consumo da China

A segunda Exposição Internacional de Produtos de Consumo da China será realizada em Haikou, província de Hainan, no sul da China, de 26 a 30 de julho. A área de exposição ocupará 100 mil metros quadrados, terá mais de 700 empresas e mais de 1.300 marcas expositoras de 57 países e regiões.

De acordo com o Escritório Internacional de Desenvolvimento Econômico de Hainan, Japão, EUA e França serão os três principais expositores em termos de área útil. Além disso, um novo pavilhão de bens nacionais será montado para destacar produtos nacionais de alta qualidade e marcas consagradas pelo tempo com a participação de 31 províncias, municípios e regiões autônomas chinesas.

Polícia de Hong Kong adotará estilo chinês a partir de 1º de julho

A polícia de Hong Kong passará a realizar exercícios a pé no estilo chinês a partir de 1º de julho. Enquanto a cidade comemora o 25º aniversário do retorno à China, muitos acreditam que os novos costumes ressaltam uma nova era e a remoção das características coloniais. 

Em lugar dos comandos em inglês ou cantonês, as forças policiais passarão a adotar o idioma mandarim, como no continente. A polícia deixa para trás os exercícios ao estilo de Hong Kong e passa a adotar o estilo do Exército de Libertação Popular (ELP), as forças armadas da China.

Outra mudança promovida nos costumes das forças policiais de Hong Kong foi o modo de fazer o hasteamento da bandeira, que passou a ser feita como na China.

Indústria cinematográfica de Hong Kong encontra novo papel no mercado

A indústria cinematográfica de Hong Kong foi precursora do setor durante o século 20 e conta com uma base de fãs que garante influência mundo afora. Desde o retorno da cidade à China, há 25 anos, mais cineastas da região têm explorado possibilidades de cooperação com o continente e promovido a integração à cultura e ao mercado chinês. 

"No processo de intercâmbio cultural e integração com o continente, os filmes de Hong Kong ganharam um campo de visão mais amplo. A consciência nacional ganhou mais destaque nas obras dos cineastas", observa a presidenta da Federação de Círculos Literários e Artísticos de Hong Kong, Ma Fung-kwok.

Ao longo das décadas de 1970 e 1980, os filmes de Hong Kong registraram grandes conquistas em produção, bilheteria, qualidade e arte. Nesse período, a cidade ganhou a reputação de "a Hollywood do Oriente".

Na década de 1990, a indústria cinematográficade Hong Kong diminuiu. O número de praticantes de cinema na cidade caiu para menos de cinco mil em 2003, ante aos 20 mil na década de 1980. O encolhimento é atribuído a dificuldades como a crise financeira e alguns problemas internos no setor.

De acordo com Ma, o retorno de Hong Kong à pátria, em 1997, forneceu uma base para o aumento da comunicação entre as indústrias cinematográficas do continente e de Hong Kong.

A assinatura do Acordo de Parceria Econômica Mais Aproximada entre o Continente e Hong Kong, em 2003, forneceu um "novo motor" para os filmes de Hong Kong entrarem no mercado continental, e um grande número de cineastas da cidade seguiu a tendência de "ir para o norte" em busca de desenvolvimento.

Nos últimos anos, tornou-se popular para os diretores de cinema de Hong Kong cooperar com empresas e produtores do continente para dirigir filmes convencionais, o que absorve os elementos cinematográficos dos filmes comerciais de sucesso de Hong Kong e também dá às "histórias da China" uma perspectiva mais rica.

O 14º Plano Quinquenal da China (2021-25) apoia o desenvolvimento de Hong Kong como um centro de intercâmbio artístico e cultural entre a China e o resto do mundo. Trata-se de um forte impulso para a integração da indústria cinematográfica de Hong Kong no cinema do continente e indústrias de televisão.

"Esta é a resposta positiva do país às necessidades atuais do desenvolvimento cultural de Hong Kong", comenta Ma. Ela acrescenta que a medida ajudará Hong Kong a aproveitar ao máximo as vantagens únicas de "um país, dois sistemas" e continuar a promover intercâmbios culturais com o continente.

A Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau também é objeto de um plano de desenvolvimento que propõe alavancar a força e a experiência dos talentos de Hong Kong nas indústrias cinematográfica e televisiva. Além de promover a cooperação entre cinema e tevê em Guangdong, Hong Kong e Macau, reforçar o investimento e a cooperação no cinema e apoiar Hong Kong a se desenvolver como centro de exposições para essas do audiovisual.