A intenção da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (EUA), Nancy Pelosi, em visitar Taiwan gerou forte reação do governo chinês. Nesta quinta-feira (7), o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, alertou que o lado estadunidense arcará com todas as consequências se insistir na viagem da democrata.
Wang fez as observações durante uma conversa por telefone com o conselheiro diplomático do governo da França, Emmanuel Bonne. No diálogo, o chanceler chinês condenou a "dupla postura flagrante" dos EUA quando pisoteiam abertamente a linha vermelha do princípio de "Uma Só China", enquanto insta o respeito pela soberania e integridade territorial de um país na questão da Ucrânia.
"Se Pelosi, um líder político dos Estados Unidos, visitar conscientemente Taiwan, seria uma provocação maliciosa contra a soberania da China e uma interferência grosseira nos assuntos internos da China, e enviaria um sinal político extremamente perigoso para o mundo exterior."
Conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi
Também nesta quinta-feira (7), a embaixada chinesa nos EUA reiterou a forte oposição da China à questão e instou Washington a cancelá-la. No entanto, Pelosi testou positivo para Covid-19 e sua viagem planejada para a Ásia foi adiada.
China se opõe à venda de armas dos EUA para a região de Taiwan
A aproximação entre EUA e Taiwan gerou reação do Ministério da Defesa Nacional da China. Nesta quinta-feira (7), o porta-voz Tan Kefei se opôs à aprovação em Washington de uma potencial venda de armas para a região que inclui equipamentos, treinamento e outros itens avaliados em até US$ 95 milhões.
Segundo Tan, a venda de armas dos EUA para Taiwan pode interferir grosseiramente nos assuntos internos da China, prejudicar gravemente a soberania e os interesses de segurança da China e mina a aliança China-EUA.
A declaração do porta-voz do Ministério da Defesa chinês foi feita um dia após a possível visita de Nancy Pelosi a Taiwan ter sido repudiada pelo Ministério das Relações Exteriores da China.
China avalia que a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU abre 'precedente perigoso'
A suspensão da adesão da Rússia ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC) vai estabelecer um precedente perigoso. Essa é a avaliação do Ministério das Relações Exteriores da China.
A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, nesta sexta-feira (8). Ele afirmou que a China se opõe à politização ou instrumentalização de questões de direitos humanos e que é contrária à exercer pressão sobre outros países em nome dos direitos humanos.
Nesta quinta-feira (7), a Assembleia Geral da ONU, com sede em Genebra (Suíça), adotou uma resolução para suspender a participação da Rússia no UNHRC. A justificativa é de que há relatos de "violações e abusos grosseiros e sistemáticos dos direitos humanos" por tropas russas na Ucrânia.
A votação da resolução foi apoiada por 93 membros, enquanto 24 membros, incluindo a China, votaram contra e 58 se abstiveram. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou pouco depois que havia encerrado sua participação no conselho.
Bancos chineses aliviam hipotecas para clientes atingidos por pandemia
Os cinco principais bancos estatais da China - Banco Industrial e Comercial da China, Banco Agrícola da China, Banco da China, Banco da Construção da China e Banco de Comunicações - adotaram uma série de medidas para aliviar a carga hipotecária residencial para mutuários individuais afetados pela pandemia de Covid-19.
As medidas incluem o adiamento dos pagamentos de hipotecas, a prorrogação dos prazos de amortização, além do adiamento dos pagamentos de principal e de juros dos empréstimos habitacionais.
O Banco da China instou suas agências a melhorarem o atendimento às demandas das regiões severamente atingidas pela pandemia, como Jilin e Xangai, e prometeu maior apoio financeiro para grupos-chave, incluindo o de pessoas que perderam temporariamente a renda devido à pandemia.
O Banco de Construção da China declarou ter adiado os pagamentos de cerca de 1 milhão de famílias até o final de março, envolvendo mais de 430 bilhões de yuans (US$ 67,55 bilhões) em hipotecas.
Atualmente, os ativos hipotecários residenciais gerais na China são de alta qualidade e estabilidade, com a taxa de inadimplência permanecendo baixa, de acordo com o Banco de Comunicações.
Xi elogia vantagens do sistema socialista na conclusão de importantes empreendimentos nacionais
"As vantagens de um sistema socialista motivam todos os setores, reúnem todos os recursos e coordenam todos os esforços para concluir os principais empreendimentos nacionais", disse o presidente chinês Xi Jinping nesta sexta-feira (8).
Xi, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente da Comissão Militar Central, fez a declaração durante discurso em uma solenidade em homenagem àqueles que fizeram contribuições extraordinárias para os Jogos Olímpicos, Jogos de Inverno e os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim.
O presidente destacou que as três competições são projetos complexos e sistemáticos e elogiou o trabalho preparatório da equipe da comissão organizadora. Xi pediu esforços para gerenciar e utilizar bem o legado das competições, que deixaram instalações esportivas, culturais e talentos.
"O país deve continuar a popularizar e desenvolver esportes de inverno, promover a indústria de esportes de gelo e neve, além de enriquecer eventos e atividades esportivas de inverno para seu povo", acrescentou Xi.
O presidente chinês também pediu esforços para levar adiante o espírito olímpico e desempenhar o importante papel dos Jogos Olímpicos na promoção da paz e do desenvolvimento para a humanidade.
Xi enfatizou ainda a importância de defender a liderança centralizada e unificada do PCCh. Ele garantiu que a China continuará a respeitar e a proteger os direitos humanos, melhorar seu sistema de seguridade social e serviços de assistência para pessoas com deficiência e promover o desenvolvimento de programas que beneficiem essa comunidade.
Xangai abrirá mais hospitais de campanha para tratamento da Covid-19
Xangai abriu e continuará a construir mais hospitais de campanha para aumentar a capacidade de tratamento para infecções por Covid-19 devido ao recente surto da doença.
O anúncio foi feito pelo vice-diretor do comitê de gestão da habitação e do desenvolvimento urbano-rural de Xangai, Jin Chen, nesta sexta-feira (8).
Quatro hospitais de campanha de nível municipal, três localizados no distrito de Pudong e um no distrito de Chongming, foram colocados em funcionamento hoje. As unidades de saúde cobrem uma área total de 500 mil metros quadrados e, juntas, oferecem até 38 mil leitos.
Mais um hospital de campanha, que será o maior de Xangai, está em construção no Centro Nacional de Exposições e Convenções da megacidade e será aberto neste sábado (9). Projetado com um espaço de cerca de 600 mil metros quadrados, terá capacidade para 50 mil leitos.
De acordo com a filial da China Telecom em Xangai, essa unidade de saúde temporária que será inaugurada no sábado terá cobertura de serviços rápidos e estáveis de banda larga 4G, 5G, fibra óptica e redes Wi-Fi, permitindo que robôs 5G desinfetantes e de entrega ajudem na luta contra a epidemia.
Xangai, que é o centro financeiro da China, relatou 824 novos casos confirmados de Covid-19 transmitidos localmente e 20.398 assintomáticos na quinta-feira (7).