A China está empenhada em estreitar os laços com os países da América Latina e do Caribe (ALC), que inclui o Brasil. O gigante asiático tem investido na implementação da 'Iniciativa de Desenvolvimento Global', na exploração de maneiras de avançar nas relações com os países da região e em traçar um plano para o desenvolvimento comum.
O diretor-geral do Departamento de Assuntos Latino-Americanos e Caribenhos do Ministério das Relações Exteriores da China, Cai Wei, redigiu um artigo no qual traça um panorama das relações entre o país asiático e os países da ALC. Confira aqui o texto na íntegra, em inglês.
Entre outros pontos, Cai elenca que a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe (CEPAL) estima que cada 1% de crescimento na economia da China elevará em 0,5% a economia da América Latina e Caribe.
O artigo cita ainda que o comércio China-ALC tem crescido continuamente. De 2018 a 2020, o volume de comércio entre os dois lados permaneceu acima de US$ 300 bilhões por três anos consecutivos. Nos primeiros 11 meses de 2021, o volume de comércio bilateral atingiu US$ 411,25 bilhões, um aumento de 42,3% em relação ao ano anterior e superior a US$ 400 bilhões pela primeira vez.
A China, pontua o texto, continua sendo o segundo maior parceiro comercial da ALC e é o maior parceiro comercial dos países da região, incluindo Brasil, Chile, Peru e Uruguai.
O estoque de investimento China-ALC segue em crescimento, observa Cai. O país asiático assinou acordos de cooperação em capacidade de produção e investimento com oito países latino-americanos e caribenhos e estabeleceu um mecanismo de cooperação bilateral.
O texto informa ainda que a China é a terceira maior fonte de investimento para a região da ALC, que é o segundo destino dos investimentos chineses no exterior. Mais de 3.000 empresas chinesas operam na região.
A cooperação financeira China-ALC continua em expansão, afirma o artigo. Os programas de empréstimos especiais, empréstimos concessionais e fundo de cooperação para a infraestrutura China-ALC estão bem encaminhados.
A China, informa Cai, renovou o acordo de swap cambial em RMB com Argentina e Chile. Equador, Brasil, Argentina, Chile e Uruguai aderiram formalmente ao Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura.
O Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, comenta o texto, anunciou oficialmente a admissão do Uruguai como um de seus primeiros novos estados membros. O financiamento entre a China e os países da ALC tornou-se mais diversificado.