CHINA EM FOCO

China processa EUA na OMC por controle de exportação de chips

Governo chinês ingressou com mecanismo de solução de controvérsias na Organização Comercial do Comércio em defesa dos interesses legítimos de comércio exterior

Créditos: CFP - Sede da OMC em Genebra, Suíça
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A China ingressou na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o controle implementado pelos Estados Unidos da América (EUA) para exportação de chips com o objetivo de defender seus direitos e interesses legítimos por meios legais. Pequim acionou o  mecanismo de solução de controvérsias da entidade nesta segunda-feira (12).

Os EUA aprovaram uma enorme lei de financiamento de chips em julho, que injeta US$ 52,7 bilhões na fabricação doméstica de chips. O projeto de lei visa restringir o desenvolvimento de semicondutores da China por meio de subsídios e proibições por motivos de "segurança nacional".

"Os EUA generalizaram repetidamente o conceito de segurança nacional nos últimos anos, abusaram das medidas de controle de exportação e impediram o comércio internacional normal de chips e outros produtos. Essa é uma abordagem protecionista comercial típica", comentou um porta-voz do Ministério do Comércio da China por meio de um comunicado.

Os semicondutores são o quarto produto mais comercializado no mundo, logo após o petróleo bruto, o petróleo refinado e os carros, de acordo com o Boston Consulting Group. Sua cadeia de suprimentos é altamente global, com empresas chinesas e americanas profundamente integradas.

A China espera que os EUA abandonem seu viés de soma zero e parem de interromper o comércio de produtos de alta tecnologia, incluindo chips, acrescentou o comunicado do governo chinês.

Separadamente, a OMC determinou na semana passada que as tarifas dos EUA de 2018 sobre as importações de aço e alumínio violavam as regras comerciais globais.

Em março de 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as importações de alumínio, citando preocupações com a segurança nacional. Vários países, incluindo a China, apresentaram reclamações à OMC sobre a decisão.

CFP - Sede da OMC em Genebra, Suíça

China realiza 9ª cerimônia memorial nacional para homenagear as vítimas do Massacre de Nanjing

Xinhua - Cerimônia memorial nacional para as vítimas do Massacre de Nanjing no Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing por Invasores Japoneses em Nanjing, capital da província de Jiangsu, no leste da China (13/2/22)

Em 13 de dezembro de 1937, há 85 anos, tropas japonesas invadiram a cidade de Nanjing, capital da China, à época. Foi o início de um dos episódios mais bárbaros da Segunda Guerra Mundial. Durante os 40 dias seguintes, 300 mil civis chineses e soldados desarmados foram assassinados. Dezenas de milhares de mulheres foram estupradas. 

Pelo nono ano consecutivo a República Popular da China celebra o Dia Nacional em Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing. A cerimônia ocorre desde 2014 e foi realizada em Nanjing, capital da província de Jiangsu, leste da China.

Mais de três mil representantes de todas as esferas da vida participaram da cerimônia realizada no Memorial Hall para as Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses. Eles incluem veteranos, descendentes dos sobreviventes, oficiais de alto escalão, soldados, médicos e estudantes. A cidade inteira também parou para uma homenagem de um minuto às vítimas com sirenes tocando no céu.

O membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Cai Qi, discursou na cerimônia. Ele disse que a cerimônia expressa o desejo elevado do povo chinês de seguir inabalavelmente o caminho do desenvolvimento pacífico.

"Estamos aqui para homenagear as vítimas do Massacre de Nanjing, e os mártires e heróis nacionais que deram suas vidas pela vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, e para lembrar os guerreiros e amigos internacionais que deram suas vive para lutar contra os invasores japoneses ao lado do povo chinês", afirmou.
Membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do PCCh, Cai Qi

Apenas 54 sobreviventes registrados do Massacre ainda estão vivos. Mesmo em idade avançada, alguns sobreviventes ainda chegaram à cerimônia. Como Xia Shuqin, 94, que compareceu à homenagem e relembrou a dolorosa lembrança de 1937, quando as tropas japonesas invadiram a cidade. Ela recordou que sete membros de sua família foram mortos e que ela foi esfaqueada três vezes, mas de alguma forma sobreviveu ao holocausto com sua irmã de 4 anos.

"Por que os japoneses não admitem a história?", disse ela. "Eu tinha oito anos naquela época e estou prestes a fazer 94. Do que os japoneses têm medo?", questionou. Ela contou ainda que as pessoas devem amar a paz e a unidade. "Queremos que os japoneses reconheçam esta parte da história. Se eu viver para ver esse dia, ficarei satisfeita", acrescentou.

Economias de China e Índia vão ultrapassar a dos EUA em 2075, aponta Goldman Sachs 

No ano de 2075 as crescentes economias da China e da Índia vão se tornar as maiores do mundo e superar a dos EUA. É o que indica a recente pesquisa da Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional, sediado em Nova York, que também aponta que a região asiática vai concentrar o produto interno bruto (PIB) mundial.

De acordo com o setor de pesquisa do grupo, a China deve ultrapassar os EUA como a maior economia do mundo por volta de 2035, enquanto a Índia vai ser a segunda maior do mundo até 2075. Os especialistas também observaram que China, Índia e Indonésia já superaram ligeiramente as previsões dos economistas desde 2011, enquanto Rússia, Brasil e América Latina já superaram significativamente essas projeções.

O documento também indica que, até 2050, as cinco maiores economias do mundo serão China, Estados Unidos, Índia, Indonésia e Alemanha.

Olhando para 2075, as perspectivas de rápido crescimento populacional em países como Nigéria, Paquistão e Egito significam que, com as políticas e instituições certas, essas economias podem se tornar algumas das maiores do mundo, conclui a pesquisa.

A pesquisa da Goldman Sachs mostra que o crescimento potencial global está projetado para uma média de 2,8% ao ano entre 2024 e 2029, para só então diminuir gradualmente. A expansão econômica está diminuindo à medida em que a taxa de crescimento da população mundial caiu pela metade nos últimos 50 anos e agora está abaixo de 1%. Além disso, o crescimento populacional deve estagnar em 2075, de acordo com as projeções demográficas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Amostras Chang'e-5 sugerem recursos hídricos exploráveis na lua

Xinhua - Diagrama modelo desenhado em 23 de novembro de 2022 mostra a implantação, preservação e perda de difusão de hidrogênio do vento solar.

Ao estudar as amostras lunares recuperadas pela missão Chang'e-5, os cientistas chineses descobriram que os grãos do solo lunar retêm mais água implantada pelo vento solar na região de latitude média do que se pensava anteriormente. Com base nessa descoberta, ma previsão é de que há uma grande quantidade de recursos hídricos disponíveis para utilização na região de alta latitude da lua.

Os cientistas já haviam descoberto a presença de água superficial na lua. Eles acreditavam que a implantação do vento solar, a liberação de gases vulcânicos e os impactos de asteróides/cometas provavelmente seriam fontes importantes de água superficial na lua.

Mas como a água chega e permanece na lua? Quanta água há no solo lunar? Como a água é distribuída espacialmente? Um estudo das amostras de solo lunar retornadas pela missão Chang'e-5 da China lançou uma nova luz sobre essas questões.

A equipe de pesquisa, liderada em conjunto por cientistas do Centro Nacional de Ciências Espaciais (NSSC) e do Instituto de Geologia e Geofísica (IGG), ambos da Academia Chinesa de Ciências (CAS), publicou as novas descobertas nesta terça-feira (13) na mais recente edição do a revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Com informações da Xinhua, CGTN e Sputnik