O resgate da brasileira Juliana Marins, desaparecida desde sexta-feira (20) após cair em uma área de difícil acesso durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, segue incerto. Segundo a irmã da jovem, Mariana Marins, Juliana foi novamente localizada por equipes de busca nesta segunda-feira (22), mas o socorro imediato ainda enfrenta sérios entraves causados pelo clima instável e pelas condições extremas da montanha.
“Conseguimos a confirmação que o resgate conseguiu localizar novamente a Juliana e está, neste momento, descendo até o local onde ela foi avistada. O ambiente de alta montanha é extremamente severo, com obstáculos naturais que dificultam o acesso aéreo, inclusive por helicóptero e drones”, afirmou Mariana, em publicação nas redes sociais.
Juliana está há dias sem água, comida ou roupas adequadas para a altitude e o frio. Segundo a família, o parque onde ocorreu o acidente segue funcionando normalmente, o que acirrou as críticas sobre a condução das buscas. Um novo grupo de resgate, com dois guias experientes e equipamentos específicos, foi enviado para reforçar a operação.
Mesmo com os esforços, o avanço das equipes tem sido limitado. “Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo. Faltavam apenas 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram”, relatou Mariana. “Precisamos de ajuda, precisamos que o resgate chegue até a Juliana com urgência”.
Governo brasileiro se mobiliza
O Itamaraty informou que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez contatos diretos com o governo indonésio pedindo reforço nas buscas. Em nota, o ministério afirmou que “desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão”.
Dois funcionários da embaixada brasileira foram destacados para acompanhar in loco a operação. Vídeos divulgados pelas equipes mostram como as condições mudam em questão de horas: às 9h da manhã o topo do Rinjani era visível, mas por volta das 16h, uma densa neblina cobria a região, tornando impossível a continuação das buscas.
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, declarou nas redes sociais que acompanha a situação com atenção. “O ministro se manteve empenhado em auxiliar, de todas as formas possíveis, para que o resgate seja feito com urgência e que Juliana retorne ao Brasil o mais breve”, escreveu.