NOVA GUERRA

VÍDEO: Paquistão revida bombardeio e lança ofensiva contra a Índia

Ataque reacende alerta global sobre instabilidade entre as potências nucleares

VÍDEO: Paquistão revida bombardeio e lança ofensiva contra a Índia.Créditos: Reprodução redes sociais
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Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram ataques do Paquistão contra bases aéreas da Índia. O governo paquistanês confirmou os disparos de mísseis, enquanto Nova Déli registrou explosões na região de fronteira. As autoridades indianas classificaram a ação como um “ataque massivo de drones”.

De acordo com informações da CNN, o Paquistão fechou seu espaço aéreo e afirmou que três bases militares da Força Aérea Indiana foram os principais alvos.

O novo episódio de confronto entre Paquistão e Índia reacende o temor global de uma possível escalada nuclear, já que ambos os países possuem armamentos atômicos.

Índia e Paquistão: China se posiciona de maneira clara sobre o conflito
 

 

Pequim afirmou nesta quarta-feira (7) que está disposta a colaborar com a comunidade internacional para ajudar a reduzir as tensões entre Índia e Paquistão, após uma operação militar indiana na Caxemira controlada pelo Paquistão.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Lin Jia declarou que o país acompanha com preocupação os desdobramentos entre os dois vizinhos asiáticos. “Consideramos lamentável a ação militar lançada pela Índia nesta manhã e pedimos contenção a ambas as partes”, disse.

Segundo Lin, tanto Índia quanto Paquistão são vizinhos da China e “manter a estabilidade regional é do interesse comum de todos”. Ele reiterou que o governo chinês se opõe a todas as formas de terrorismo, mas ressaltou que qualquer resposta deve ser feita com moderação e cautela. “Esperamos que as partes envolvidas evitem ações que possam agravar ainda mais a situação.”

Questionado sobre possíveis riscos para cidadãos e empresas chinesas na região, o porta-voz afirmou que Pequim monitora de perto os acontecimentos e recomendou que seus nacionais evitem áreas de risco. “Orientamos os cidadãos chineses a aumentarem a vigilância e entrarem em contato com a embaixada ou consulados em caso de emergência.”

Sobre a possibilidade de Pequim apresentar propostas formais para aliviar o conflito, Lin limitou-se a dizer que a China continua comprometida com o diálogo e a paz. “Notamos que tanto Índia quanto Paquistão manifestaram interesse em evitar uma escalada. A China espera que ambos os lados adotem uma postura de moderação e busquem resolver suas diferenças por meio do diálogo”, concluiu.

Entenda as relações entre China, Índia e Paquistão

aliança entre China e Paquistão é frequentemente descrita como uma das mais sólidas da Ásia, sustentada por décadas de confiança mútua e interesses geoestratégicos compartilhados. Desde os anos 1950, quando ambos os países buscavam resistir à influência indiana, Pequim e Islamabad estabeleceram um eixo de cooperação que vai da diplomacia ao setor militar. Um símbolo dessa parceria é a Rodovia Karakoram, que liga o norte do Paquistão à região chinesa de Xinjiang, reforçando os laços comerciais e estratégicos entre os dois países. Mais recentemente, o Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), parte da Iniciativa Cinturão e Rota, aprofundou ainda mais essa relação com investimentos bilionários em infraestrutura.

Além da geopolítica regional, o Paquistão tem sido um aliado vocal da China em questões sensíveis, como as acusações ocidentais envolvendo a minoria uigur em Xinjiang. Islamabad também defende a integridade territorial chinesa em relação a Taiwan e ao Tibete, posicionando-se contra discursos considerados intervencionistas. Em contrapartida, Pequim apoia o Paquistão em fóruns multilaterais e até defende sua inclusão nos BRICS — algo que Nova Délhi, rival regional de Islamabad, se opõe. A cooperação militar sino-paquistanesa, que inclui o desenvolvimento conjunto de armamentos como o caça JF-17, também reforça esse alinhamento estratégico.

Em contraste, as relações entre China e Índia são marcadas por uma combinação de rivalidade histórica e tensões territoriais não resolvidas. A disputa fronteiriça nas regiões de Aksai Chin e Tibete do Sul — herança do colonialismo britânico e da não aceitação chinesa da Linha McMahon — já levou a confrontos armados, como a guerra de 1962 e as escaramuças no Vale de Galwan em 2020. Apesar de esforços diplomáticos para manter a paz, ambos os países mantêm forte presença militar ao longo da Linha de Controle Real (LAC), demonstrando o quão delicada e volátil é essa fronteira.

A crescente aproximação da Índia com os EUA, Japão e Austrália por meio do bloco Quad tem sido vista por Pequim como parte de uma estratégia de contenção, evocando ecos da Guerra Fria.

Enquanto Nova Délhi busca equilibrar sua política externa entre diversas potências, a China responde fortalecendo alianças alternativas e ampliando sua influência por meio de organismos como a Organização de Cooperação de Xangai e projetos da Nova Rota da Seda. Assim, enquanto Pequim cultiva laços profundos e pragmáticos com Islamabad, suas relações com Nova Délhi permanecem marcadas por desconfiança e disputas que moldam a geopolítica do Sul da Ásia.

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