Eleito Papa na tarde desta quinta-feira (8), o cardeal Robert Prevost, que adotou o nome Leão XIV era um dos homens mais próximos do papa Francisco, morto no final de abril em decorrência de um AVC, e conhecido principalmente por sua postura reformista na Igreja, como um posicionamento flagrantemente mais progressista do que a maioria dos cardeais que compõe o colegiado.
Em relação a Leão, apesar de progressista e de linha humanitária, seus posicionamentos são bastante complexos e respeitam a tradição católica, podendo ser diferentes a depender do assunto. De aborto a minorias, passando até pelo uso ou não de métodos anticoncepcional, nada deve passar despercebido pelo olhar de Leão XIV, que é visto como um religioso mais “reservado” do outros no que diz respeito a pronunciamentos públicos. Veja algumas de suas opiniões sobre cada assunto, ou a ausência delas:
Drogas
Ele não se posicionou publicamente sobre o assunto, mas atuava dentro da igreja no âmbito social, o que sugere sua compaixão a grupos marginalizados (o que inclui dependentes químicos) e luta pela justiça social, e isso engloba também um foco e auxílio no combate aos impactos negativos das drogas, assim como ações em comunidades que são afetadas por elas.
Anticoncepcionais e preservativos
No que diz respeito ao uso de métodos anticoncepcionais e preservativos num geral, o papa Leão XIV nunca apareceu publicamente falando sobre o assunto em específico – mas já falou sobre a visão da igreja em si contra os “contraceptivos artificiais”.
Celibato
Acredita-se que o novo papa seja um apoiador do celibato sacerdotal, por conta dos seus votos à ordem agostiniana. Dessa forma, este posicionamento de Leão XIV também está alinhado com a tradição e valores da Igreja.
Aborto
Prevost já foi visto incentivando a nomeação de bispos que compartilham a defesa à vida, independente de seu estágio, quando era prefeito do Dicastério. Dessa forma, neste campo sua visão pende para a linha ortodoxa tradicional.