Logo após o Vaticano anunciar a escolha do novo Papa, precisamente às 18h09 no horário local (13h09 no horário de Brasília), o padre Julio Lancellotti se manifestou sobre o próximo líder da Igreja Católica.
Responsável pela paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, capital paulista, e coordenador da Pastoral do Povo da Rua, padre Julio resumiu a escolha do cardeal estadunidense Robert Francis Prevost, o Papa Leão XIV, afirmando estar “embasbacado” e “muito feliz”.
Te podría interesar
“Ter um Leão depois de Francisco é impressionante”, destacou, em referência a Leão XIII (1810-1903). “É o Papa da ‘Rerum Novarum’ (‘Das coisas novas’), da Doutrina Social da Igreja, voltada para os trabalhadores”, afirmou Lancellotti.
Leão XIII, nascido Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, foi Papa da Igreja Católica entre 1878 e 1903. Seu pontificado foi marcado por um esforço notável de aproximação entre a Igreja e o mundo moderno, num momento de grandes transformações sociais, políticas e econômicas.
Te podría interesar
Ele é amplamente reconhecido como o pai da Doutrina Social da Igreja, sobretudo por sua encíclica “Rerum Novarum”, publicada em 1891, que estabeleceu as bases para o pensamento social católico nos séculos seguintes.
A encíclica “Rerum Novarum”, foi uma resposta direta aos desafios colocados pela Revolução Industrial, pelo crescimento do capitalismo liberal e pela emergência do socialismo.
Nela, Leão XIII abordou a condição da classe trabalhadora, a relação entre capital e trabalho, a função do Estado e o papel da Igreja nas questões sociais.
Leão XIII defendeu o direito natural à propriedade privada, mas também afirmou que essa propriedade deve cumprir uma função social.
O padre Julio disse mais: “Estou muito feliz. Estamos fazendo muitas conexões com o nome [escolhido]. É muito lindo”.
“É mais legítimo dizer que ele é peruano”
Leão XIV, em seu primeiro discurso como Papa, usou o espanhol como um de seus idiomas. Ele tem muita familiaridade com a língua por ter tido uma experiência missionária no Peru, onde atuou nos anos 80. Ele viveu no país sul-americano por duas décadas e se naturalizou peruano.
“É mais legítimo dizer que ele é peruano. Ele não escolheu ser americano, mas ele escolheu ser peruano. O Peru é o berço da Teologia da Libertação. É muito lindo. Estou embasbacado com todas essas coisas”, acrescentou padre Julio, de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.