CIDADES

Uma das maiores cidades dos EUA está afundando mais rápido do que se esperava

Cerca de 34 milhões de pessoas podem ser afetadas na área em que o afundamento ocorre com mais rapidez, conta o artigo, que mostra que algumas áreas urbanas têm afundado até 10 milímetros por ano

Carpenter's Bay - Houston, Texas.Créditos: Wikimedia commons
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Um artigo publicado no último dia 8 de maio no periódico Nature Cities reúne dados coletados de imagens de satélites que indicam o rápido "afundamento" da cidade de Houston, uma das maiores dos Estados Unidos, com uma população estimada em 2,3 milhões de habitantes.

Além disso, cerca de 34 milhões de pessoas podem ser afetadas nas demais áreas dos EUA onde o afundamento ocorre com mais rapidez, conta o artigo, que mostra que algumas áreas urbanas têm afundado até 10 milímetros por ano (a média das cidades afetadas pelo afundamento costuma ser de, no máximo, 5 milímetros por ano).

De acordo com os pesquisadores, que analisaram 28 cidades dos EUA através de imagens coletadas de satélites da Agência Espacial Europeia entre 2015 e 2021 a fim de gerar um mapa espacial da deformação ao longo do tempo, até 25 cidades norte-americanas têm experimentado o afundamento progressivo, a taxas diversas; entre elas, Nova York, Chicago, Dallas, Seattle, Denver e Houston.

"Em cada uma das cidades, até 20% do território está afundando", diz o artigo. "E, em 25 dentre as 28 cidades analisadas, pelo menos 65% [do território] está afundando."

Em Houston, as atividades que contribuem com o afundamento são, sobretudo, "a mineração de águas subterrâneas e a extração de petróleo e gás".

"Embora frequentemente considerada apenas um risco costeiro devido à elevação do nível do mar, o afundamento também ameaça áreas urbanas do interior", informam os pesquisadores, o que gera "riscos de inundação e danos estruturais."

Além disso, cerca de 29 mil edifícios nas cidades avaliadas pela pesquisa podem ser retraçados a áreas sob risco alto e muito alto de danos à sua infraestrutura.

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Enquanto 43% de Houston afunda a uma taxa média de 5 milímetros por ano, 12% dos territórios da cidade já marcam 10 milímetros anuais.

De acordo com os pesquisadores, o problema pode ser mitigado com iniciativas que evitem o acúmulo de água durante enchentes, protegendo estruturas mais vulneráveis e limitando a construção de novos prédios em áreas consideradas de risco.

"Uma combinação de áreas afundadas e o aumento do nível do mar tem o potencial de 'afogar' cidades como Nova Orleans e São Francisco", evidencia a revista Live Science.

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