Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), o futuro da liderança da Igreja Católica já começa a ser discutido — inclusive no universo das apostas. Plataformas especializadas registraram um aumento significativo no número de palpites sobre quem será o próximo pontífice. Entre os nomes cotados, um se destaca com vantagem: o cardeal Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano.
Na Polymarket, uma plataforma norte-americana que usa tecnologia blockchain para mercados de previsão, a sucessão papal já lidera o ranking das apostas. O volume financeiro movimentado na plataforma ultrapassou US$ 2,9 milhões (cerca de R$ 16,9 milhões), sinalizando o interesse global pelo tema.
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Quem é Pietro Parolin, o 'vice-papa'?
Considerado o principal favorito entre os apostadores, Parolin é frequentemente chamado de “vice-papa” por ocupar o segundo posto mais alto da hierarquia vaticana, atrás apenas do Papa. Ele está no cargo de secretário de Estado desde 2013, quando o Papa Francisco foi eleito, e desempenha funções semelhantes às de um primeiro-ministro no governo da Igreja.
De perfil diplomático e com trânsito entre alas progressistas e conservadoras da Igreja, Parolin é visto como um nome de consenso — o que pode pesar a seu favor no conclave. Sua trajetória no Vaticano inclui passagens importantes: foi vice-ministro das Relações Exteriores durante o pontificado de Bento XVI e, em 2009, foi nomeado embaixador do Vaticano na Venezuela, onde atuou em meio ao conturbado governo de Hugo Chávez.
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Parolin também teve papel central na aproximação do Vaticano com a China e o Vietnã, um processo delicado que lhe rendeu críticas de alas conservadoras. O cardeal defendeu os acordos diplomáticos como forma de evitar rupturas mais profundas e garantir diálogo com regimes autoritários.
Apesar de evitar protagonismo em debates polarizadores da chamada "guerra cultural" da Igreja, Parolin já se manifestou sobre temas sensíveis. Ele chegou a classificar a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo como “uma derrota para a humanidade” e se opôs às iniciativas de igrejas locais, como na Alemanha, que propuseram bênçãos simbólicas a casais homoafetivos.
Gentil e discreto, Pietro Parolin pode devolver o comando da Igreja a um italiano, após três papas estrangeiros consecutivos: João Paulo II (Polônia), Bento XVI (Alemanha) e Francisco (Argentina). Ordenado padre em 1980, ele ingressou no serviço diplomático do Vaticano apenas três anos depois e, embora tenha pouca experiência pastoral, é poliglota — um trunfo importante em uma instituição global como a Igreja Católica.
O conclave que definirá o novo papa ainda não tem data marcada, mas o nome de Parolin já circula com força nos corredores do Vaticano — e entre os apostadores do mundo todo.
Veja quem são os 10 nomes mais cotados para substituir Francisco:
- Pietro Parolin: 37% das apostas;
- Luis Antonio Tagle: 26% das apostas;
- Péter Erdö: 8% das apostas;
- Peter Turkson: 7% das apostas;
- Pierbattista Pizzaballa: 7% das apostas;
- Robert Sarah: 5% das apostas;
- Matteo Zuppi: 5% das apostas;
- Raymond Burke: 3% das apostas;
- Mario Grech: 2% das apostas;
- Fridolin Ambongo Besungu: 1% das apostas.
Com informações do G1
