LUTO

Morre escritor Mario Vargas Llosa, aos 89 anos

Prêmio Nobel de Literatura em 2010 e ex-candidato à presidência do Peru, seu país natal, escritor morreu em Lima neste domingo (13)

Créditos: Arild Vågen/CC BY-SA 3.0
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O escritor e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, morreu neste domingo (13), em Lima, no Peru, aos 89 anos. Sobre as circunstâncias de sua morte, o comunicado oficial apenas afirmou que ele faleceu "cercado por sua família e em paz". 

“Com profundo pesar, anunciamos que nosso pai, Mario Vargas Llosa, faleceu hoje em Lima, cercado por sua família e em paz”, disse. Seu falecimento entristecerá seus parentes, amigos e leitores ao redor do mundo, mas esperamos que encontrem consolo, como nós, no fato de que ele teve uma vida longa, variada e frutífera, e deixou uma obra que sobreviverá a ele. Procederemos nas próximas horas e dias de acordo com suas instruções. Nenhuma cerimônia pública ocorrerá", disse seu filho, Álvaro Vargas Llosa, em postagem nas redes sociais.

A família também pediu, aos leitores e ao público, respeito à privacidade. "Nossa mãe, nossos filhos e nós mesmos confiamos que teremos espaço e privacidade para nos despedir dele com nossa família e amigos próximos."

Vida e obra

Nascido em Arequipa, no Peru, em 1936, foi um dos integrantes do chamado "Boom Latino-Americano", ao lado de figuras como Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Carlos Fuentes.

Conquistou o reconhecimento internacional em 1963, com o romance A Cidade e os Cachorros, no qual usou suas experiências em uma academia militar como pano de fundo para a obra. O livro foi considerado proscrito por parte da sociedade peruana e mil cópias foram queimadas publicamente por oficiais do Exército.

Entre seus principais romances estão Conversas na Catedral, de 1969, Tia Júlia e o Escrivinhador, de 1977, A Guerra do Fim do Mundo, de 1981, e A Festa do Bode, de 2000.

Em 2010, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura por sua "cartografia das estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual", segundo a real Academia sueca.

Na juventude, foi comunista, mas depois se tornou liberal. Em 1990, foi candidato à presidência do Peru pela coalizão de centro-direita Frente Democrática, e seguiu defendendo ideias relacionadas ao livre mercado. 

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