Nesta segunda-feira (31), enquanto Donald Trump assinava um decreto contra cambistas de ingressos, muita gente se perguntou: "o que é aquilo no Salão Oval?".
A resposta era Kid Rock, um artista que você talvez já tenha ouvido. Nos anos 1990 e 2000, ele fez sucesso com algumas baladinhas e feats com Sheryl Crow. Apesar do sucesso, Kid Rock nunca foi conhecido por sua inteligência. E nos últimos sua carreira se intensificou nas polêmicas.
Em 2004, Rock decidiu que o Super Bowl precisava de um toque patriótico. Sua solução? Cortar a bandeira dos EUA e usá-la como poncho, desencadeando a fúria de veteranos e de quem ainda acreditava que símbolos nacionais não são acessórios para a proteção para a chuva.
Não contente, em 2007, ele transformou o MTV Video Music Awards num ringue de WWE, socando Tommy Lee, baterista da banda Motley Crue.
Ainda naquela década, ele ganhou notoriedade por um vídeo íntimo vazado e passou muito tempo se justificando sobre o uso da bandeira confederada, símbolo do período da escravidão dos EUA.
Assim como diversos ostracizados da arte e cultura ganharam sobrevida com Jair Bolsonaro, Donald Trump também reviveu atores e cantores falidos.
Kid Rock encontrou sua alma gêmea ideológica em Donald Trump. Além de ter feito campanha para o Republicano, ele foi um defensor de Trump e partiu para cima dos críticos do regime, em especial contra pessoas negros.
Ele criticou Colin Kaepernick por ajoelhar-se durante o hino e chamou Oprah de "vagabunda". Em 2018, ainda presenteou o mundo com comentários transfóbicos, porque nada diz "rock and roll" como atacar minorias.
Negacionista, Kid Rock afirmou que a covid-19 era irreal. Seu restaurante em Nashville decidiu que pandemias são fake news — até a multa chegar.
Anti-vacina e com uma carreira musical nada brilhante, resta a Kid Rock fazer parte da claque de Trump. Coisa que se tornou cada vez mais comum nos EUA e no Brasil, onde o refúgio de muitos artistas medíocres é se unir à extrema direita.