SEGREDOS MILITARES

Plano ultrassecreto de guerra dos EUA com a China será entregue a Musk, diz NYT

Oficialmente, governo dos Estados Unidos nega, mas funcionários do Pentágono teriam vazado informação a jornal

Elon Musk e Donald Trump.Créditos: Reprodução YouTube
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O bilionário Elon Musk deve visitar o Pentágono nesta sexta-feira (21) para um encontro que, segundo o jornal The New York Times, incluirá a apresentação de um plano ultrassecreto sobre um possível conflito militar entre os Estados Unidos e a China. A informação, revelada na quinta-feira (20), foi atribuída a fontes do governo americano e gerou intensa repercussão.

A visita ocorre a convite do secretário de Defesa, Pete Hegseth. Em comunicado à CNN, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, confirmou a presença de Musk e afirmou que a instituição está "animada para recebê-lo", sem entrar em detalhes sobre o conteúdo da reunião. No entanto, duas autoridades afirmaram ao New York Times que Musk terá acesso a um plano estratégico altamente confidencial, com projeções sobre alvos chineses e possíveis respostas militares dos EUA.

O presidente Donald Trump reagiu à publicação e negou as alegações através das redes sociais. "A China não será mencionada ou discutida", afirmou, classificando a reportagem como "fake news". O chefe do Pentágono também tentou minimizar a controvérsia, afirmando em uma publicação no X que a reunião tratará de "inovação, eficiência e produção mais inteligente".

Expansão do papel de Musk no governo

A possível inclusão de Musk em um dos mais sensíveis planejamentos estratégicos dos EUA evidencia sua crescente influência dentro do governo Trump. Além de ser um dos principais contratados do Departamento de Defesa por meio da SpaceX, o bilionário também comanda o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), um órgão criado pela administração republicana para revisar gastos públicos e combater desperdícios.

A influência de Musk, no entanto, levanta preocupações dentro e fora do governo. Autoridades ouvidas pelo New York Times apontam que o empresário tem interesses comerciais significativos na China, incluindo uma fábrica da Tesla em Xangai, que representa mais da metade da produção global da montadora. 

Especialistas também questionam a necessidade de Musk ter acesso a planos militares detalhados. Tradicionalmente, planos operacionais desse nível de sigilo são compartilhados apenas com autoridades militares e funcionários de segurança nacional diretamente envolvidos na formulação de estratégias de defesa. Embora Musk tenha uma autorização de segurança de alto nível, sua participação em um briefing sobre um eventual confronto militar com a China não tem precedentes.

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