A substituição do ex-presidente democrata Joe Biden na corrida pela reeleição por etarismo beneficiou seu antecessor republicano, Donald Trump, em 2024. Foi uma das principais armas utilizadas pelo então candidato de extrema direita na campanha e até pelos tradicionais jornais americanos e europeus, como o The Economist.
Agora, nas redes sociais da Casa Branca e do perfil oficial do republicano, foi compartilhada uma imagem que remove o retrato de Biden da galeria de presidentes dos Estados Unidos, em uma tentativa de interferência na memória das gestões presidenciais do país. A publicação apresenta as fotos oficiais de Trump do primeiro mandato e da gestão atual e, no local reservado para a imagem de Biden, surge a fotografia de um “autopen” (caneta automática) assinando em nome do ex-presidente.
A imagem debocha da saúde mental de Biden, que tem 81 anos, em um claro preconceito etarista e sugere que “outras pessoas” estariam governando por ele. O autopen é uma máquina que realiza assinaturas em série. Ela é geralmente utilizada por figuras públicas para facilitar o processo de assinatura de muitos autógrafos ou documentos de uma vez.
O post compartilhado pela Casa Branca foi inicialmente postado no domingo (16) na conta pessoal de Trump na Truth, sua rede social, e fixada no topo do perfil do ex-presidente. Na sexta-feira (14), Trump já havia comentado o tema em uma mensagem: "A verdadeira pessoa que presidiu durante os anos de Biden foi quem controlava o autopen!".
Ele ainda mente sobre dizer que os perdões concedidos ao final do mandato de Biden para testemunhas e membros da Comissão do Congresso Americano que o investigaram são “inválidos” e que seu antecessor “não tinha conhecimento” sobre os mesmos. Biden concedeu perdão pois eles "não mereciam ser alvos de processos injustificados e politicamente motivados".
Continuando a postagem, o republicano classificou as investigações contra ele e "outros inocentes" como uma "caça às bruxas", e declarou que todos os participantes dessas investigações sofrerão "uma investigação no mais alto nível".
Rejeição a Trump
A desaprovação de Donald Trump superou pela primeira vez a sua aprovação desde 20 de janeiro de 2024, quando assumiu o cargo de presidente dos EUA pela segunda vez. Um levantamento feito pelo Silver Bulletin, que agrega diferentes pesquisas de diferentes institutos, mostra que a média da desaprovação de Trump nas pesquisas é de 48,1%, enquanto a aprovação chegou a 47,9%.
Um levantamente Real Clear Politics mostra que a desaprovação de Trump é ampla em diferentes temas:
- Política contra a inflação é desaprovada por 52% dos americanos, enquanto apenas 42% aprovam
- Política externa: 49,8% de desaprovação e 44% de aprovação
- Economia: 49,3% de desaprovação e 44,1% de aprovação
- Imigração é o único tópico em que Trump segue popular, com 50,4% de aprovação e 44,9% de desaprovação
Simultaneamente, as lojas da Tesla de Elon Musk têm sido alvos de protestos de diferentes grupos de esquerda, e sua popularidade tem caído gradativamente entre a população em geral.
De acordo com um estudo realizado pela Universidade Quinnipiac entre os dias 13 e 17 de fevereiro, 55% dos participantes afirmaram que Musk detém um poder excessivo para influenciar decisões que impactam os Estados Unidos, enquanto 36% consideram que ele possui uma quantidade adequada de influência.
LEIA MAIS: Desaprovação de Trump supera aprovação pela primeira vez no segundo mandato