Segundo o Vaticano, não há novidades a relatar sobre o quadro clínico do Papa Francisco. Como a situação permanece estável, os médicos optaram por não emitir o boletim médico que estava previsto para a noite desta sexta-feira (14). A informação divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé ressaltou que essa decisão deve ser interpretada como um sinal positivo.
Contudo, a saúde do pontífice levou a um interesse renovado em um livro de 900 anos conhecido como A Profecia dos Papas, que afirma prever o ano do Dia do Juízo Final.
Para os católicos, o Dia do Julgamento ou Dia do Juízo Final marca a segunda vinda de Jesus Cristo, quando o Messias voltaria à Terra para julgar a humanidade e destruir a Terra e o Céu. De acordo com o livro do século XII, creditado ao bispo irlandês São Malaquias, isso acontecerá em 2027, como destaca matéria do Euronews.
Arquivos secretos
O livro A Profecia dos Papas foi localizado nos Arquivos Secretos do Vaticano e descoberto em 1590 pelo monge beneditino Arnold Wion. A obra consiste em uma série de frases enigmáticas que supostamente descrevem cada papa desde o século XII até o fim da Igreja Católica.
A volta do livro acontece em um contexto relacionado a uma passagem atribuída ao mandato do Papa Sisto, que começou 442 anos após o governo do primeiro Papa. A passagem do livro sugere que ele está no "meio" da linhagem papal - indicando assim que o fim do mundo ocorreria 442 anos depois, em 2027.
"Na perseguição final da Santa Igreja Romana reinará Pedro, o Romano, que apascentará seu rebanho em meio a muitas tribulações, após as quais a cidade das sete colinas será destruída, e o terrível Juiz julgará o povo. Fim", diz o livro.
Conforme as interpretações, a “cidade das sete colinas” se refere a Roma e Pedro entraria no lugar de Francisco. A teoria tem circulado nas redes sociais na Europa.
Livro duvidoso
Embora teorias como esta tenham facilidade para circular, ainda mais nas plataformas digitais, a autenticidade é muito contestada, e diversos estudiosos acreditam que ela foi escrita no século XVI, durante o conclave que elegeu o Papa Gregório XIV.
Além disso, como muitas das previsões atribuídas a pessoas que poderiam prever o futuro, as frases da obra são tão vagas que podem ser interpretadas de várias maneiras, o que permite que sejam aplicadas a quase qualquer tipo de contexto ou papado. Também não há registros históricos confiáveis que liguem São Malaquias diretamente à profecia.